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Cigarro é responsável por cerca de 80 a 90% dos casos de câncer de boca

Cigarro é responsável por cerca de 80 a 90% dos casos de câncer de boca

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A saúde bucal é muito afetada pelo cigarro. O uso do tabaco é responsável por 80 a 90% das causas de câncer bucal. Como muitas pessoas não notam ou simplesmente ignoram os sintomas iniciais, o câncer bucal muitas vezes se espalha antes de ser detectado. O tabaco também é responsável por casos de câncer na laringe, na garganta e no esôfago. “Fumar é a principal causa evitável de doenças e mortes em todo o mundo, mais do que os óbitos causados por Aids, cocaína, heroína, álcool, incêndios, acidentes de automóvel e suicídios”, explica o cirurgião buco maxilo facial Dr. Alessandro Silva. 

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas também aumenta o risco de câncer bucal e a combinação fumo/álcool torna esse risco ainda muito maior.

Uma pesquisa feita no Brasil mostra que mais de 90% das pessoas com câncer de boca fumavam e usavam álcool. O álcool potencializa a ação dos carcinógenos do cigarro. O cigarro tem mais de 4.700 substâncias tóxicas, entre elas a nicotina que causa a dependência, e o alcatrão, que possui numerosas substâncias cancerígenas (em torno de 48), que podem levar a formação do câncer. Estudos também mostram que o câncer bucal atinge mais indivíduos do sexo masculino acima dos 40 anos de idade. Contudo, os números estão mudando, pois a quantidade de mulheres que fazem uso do tabaco e do álcool é crescente, o que tem resultado num número maior de casos de câncer de boca no sexo feminino.

Entre os hábitos culturais, além do fumo e do álcool, o excesso de exposição ao sol e o uso do chimarrão também colaboram em muito para sua ocorrência, sendo que a brasa do cigarro de palha chega à 450oC, o que também ocorre com a temperatura da água do chimarrão.

Cigarros variados (palha, cachimbo, tradicionais, charutos), são igualmente nocivos, mas o risco para indivíduos que fumam os cigarros industrializados (tradicionais) vai decrescendo, progressivamente, após o término do hábito, se assemelhando a indivíduos não fumantes após 10 anos. Já no caso do cigarro de palha, mesmo após o término do hábito, o risco do aparecimento do câncer bucal continua alto.

Sintomas
•    Feridas na boca que demoram mais de uma semana para cicatrizar
•    Ulcerações superficiais e indolores com ou sem sangramento e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal
•    Dificuldade para mastigar e engolir, emagrecimento acentuado e dor e presença de caroço no pescoço podem ser sintomas de casos mais avançados. 
•    “É importante destacar que os sinais nem sempre são fáceis de serem visualizados. O exame rotineiro da boca feito por um profissional de saúde pode diagnosticar lesões iniciais que, tratadas precocemente, podem apresentar um bom prognóstico”, explica o especialista. 

Tratamento
Além do cigarro e do álcool, existem outros fatores de risco para o câncer de boca. Pessoas com idade acima dos 40 anos ou que fazem uso de próteses dentárias devem consultar o dentista regularmente, e não apenas no caso de dor ou de alguma outra restrição, porque o câncer de boca em geral não dói. A idade é um fator de risco, assim como as infecções pelo HPV. Próteses mal ajustadas, dentes ásperos ou obturações podem provocar irritações crônicas, outro fator de risco. 

Geralmente, o profissional só é consultado quando aparecem dificuldades para falar e engolir ou formigamento no rosto. Nesses casos o câncer já invadiu estruturas profundas e o tratamento e o prognóstico já estão comprometidos. Devido a periodicidade dos indivíduos em realizar consultas para avaliações da saúde bucal, o Cirurgião-Dentista tem um papel fundamental no diagnóstico e encaminhamento para tratamento destes pacientes. Cirurgiões de Cabeça e Pescoço e Oncologistas são os profissionais mais habilitados para o tratamento desses indivíduos. Os Cirurgiões Buco-Maxilo-Facias atuam em conjunto com esses profissionais no tratamento reabilitador funcional destes indivíduos.

“A cirurgia geralmente é a mais indicada dependendo da localização do tumor e pode estar associada com a radioterapia. Os resultados costumam ser positivos nas lesões iniciais, com cura em cerca de 80% dos casos”, fala Dr. Alessandro.

Nas lesões mais graves, a cirurgia também pode ser indicada, assim como a radioterapia, mas os resultados vão depender de sua extensão. A cirurgia radical do câncer de boca teve grande evolução com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, mas as deformidades ainda são grandes e o prognóstico intermediário. 

Nos casos mais graves, quando a cirurgia não é mais possível, a quimioterapia é empregada em associação com a radioterapia. 

Sobre Dr. Alessandro Silva
Dr. Alessandro Silva é diretor da Interclin. Mestre e Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela UNICAMP e tem Doutorado em Cirurgia e Traumatologia BMF pela USP. O especialista é também Pós-Graduado em Cirurgia Ortognática em um dos maiores centros de deformidades dentofaciais dos Estados Unidos e do mundo (University of Pacifico – Kaiser Permanente Hospital, San Francisco, CA, USA). Atualmente, é diretor da Interclin, clínica especializada em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais e responsável pelo Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Santa Catarina, em SP e do Hospital Beneficência Portuguesa de Santos.

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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