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Cientistas encontram indícios de água líquida em Marte

Cientistas encontram indícios de água líquida em Marte

portal a tarde

14/04/2015 - 06h00
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De acordo com um grupo de pesquisadores, Marte pode ter água em estado líquido nas proximidades da superfície. A existência de água congelada no planeta já havia sido comprovada há anos, mas os cientistas acreditavam que a presença em estado líquido seria impossível por causa das condições climáticas marcianas.

Agora, o robô Curiosity, da Nasa, que explora a superfície do planeta vermelho desde 2012, encontrou no solo uma substância conhecida como perclorato, que reduz o ponto de congelamento da água. Com isso, em vez de se solidificar, ela mantém-se líquida e extremamente salgada, como uma salmoura.

Os novos dados enviados pelo Curiosity foram publicados nesta segunda-feira, 13, na revista científica Nature. O Curiosity explora a grande cratera de Gale, localizada ao sul do equador marciano. A cratera tem 154 quilômetros de diâmetro e a borda tem em média 5 quilômetros de altura.

Em dois anos e meio, o robô explorou uma extensão de mais de 10 quilômetros, chegando até o Monte Sharp, localizado no meio da cratera. "Descobrimos perclorato de cálcio no sódio e, sob as condições certas, essa substância absorve o vapor de água da atmosfera", disse um dos autores do artigo, Morten Bo Madsen, do Instituto Niels Bohr da Universidade de Copenhague (Dinamarca).

Segundo ele, as medições feitas pela estação de monitoramento meteorológico do robô Curiosity mostram que essas condições existem à noite e, durante o inverno, também logo após o nascer do Sol. Com base em medições de umidade e de temperatura, feitas a 1,6 metro da superfície do planeta, os cientistas conseguiram estimar a quantidade de água que é absorvida pelo solo.

"Quando a noite cai em Marte, parte do vapor de água na atmosfera se condensa na superfície do planeta, como uma geada. Mas o perclorato de cálcio é muito 'absorsivo' e forma uma salmoura com a água. Assim, o ponto de congelamento é reduzido e a geada se torna líquida", explicou Madsen. De acordo com ele, como o solo é poroso, a água escoa para o subsolo.

Observações feitas pela câmera estéreo do robô já haviam mostrado áreas que tinham as características de antigos leitos de rio, com seixos arredondados - o que indica claramente que há muito tempo havia líquido correndo por ali, formando correntes com profundidades de até um metro.

Agora, as novas imagens feitas pelo robô mostram que, em todo seu caminho até o Monte Sharp, há extensos depósitos sedimentários, amontoados como "placas". "Esse tipo de depósito se formou quando grandes quantidades de água fluíram pelas encostas da cratera, encontrando-se com água estagnada na forma de um lago", disse ele.

O material sólido carregado pelos cursos de água se depositou lentamente no fundo dos lagos, formando as placas sedimentárias encontradas em todo o território da viagem até o Monte Sharp, segundo Madsen. "As placas formadas no fundo dos lagos estão niveladas, indicando que toda a cratera Gale pode ter sido um imenso lago", declarou.

Segundo Madsen, há cerca de 4,5 bilhões de anos, Marte tinha seis vezes e meia mais água que agora e possuía uma atmosfera mais espessa. Mas a maior parte dessa água desapareceu no espaço, porque o planeta não tem mais um campo magnético global, como o que existe na Terra.

Correntes de ferro líquido no interior da Terra geram campos magnéticos que funcionam como um escudo, protegendo o planeta da radiação cósmica. O campo magnético protege a atmosfera da Terra contra a degradação de partículas solares de alta energia. Mas Marte não tem mais um campo magnético como esse, capaz de proteger sua atmosfera da radiação solar.

Com isso, partículas do Sol eliminam, pouco a pouco, a atmosfera do planeta. Embora a água líquida tenha sido encontrada, os cientistas acreditam que a vida em Marte é improvável: o planeta é seco e gelado demais e a radiação cósmica é tão poderosa que penetra até um metro no solo, acabando com toda a vida que pudesse haver ali.

Tecnologia

Apple libera iOS 17.4 com atualização de camada extra de proteção contra roubos

Foram incluídas na atualização novos emojis, upgrades de ferramentas de áudio e uma nova camada de segurança

06/03/2024 22h00

Tecnologia Unsplash

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A Apple liberou nesta terça-feira, 5, uma nova atualização do iOS, sistema operacional do iPhone. Na nova versão - iOS 17.4 - usuários da Europa poderão baixar aplicativos fora da App Store, uma medida em resposta às decisões da União Europeia contra acusações de monopólio da empresa. Por aqui, novidades como novos emojis, upgrades de ferramentas de áudio e uma nova camada de segurança para o caso de roubo do aparelho foram incluídas na atualização.

Nessa nova versão, seis novos emojis foram adicionados na biblioteca: uma carinha acenando positivamente, uma acenando negativamente, uma fênix, uma fatia de limão, um cogumelo marrom e uma corrente quebrada. No aplicativo de podcasts, os episódios publicados agora terão transcrição em texto e a aba principal agora se chama "início".

Uma das atualizações mais importantes desta versão é a opção de adicionar uma camada de proteção de dados ao celular em todas as localizações - antes, quando foi lançada a ferramenta de Proteção de Dispositivo Roubado, era possível apenas ativar o recurso para localizações não cadastradas no aparelho.

Além disso, o iOS 17.4 também vai permitir que o usuário acompanhe o ciclo de carga da bateria. Nas configurações, será possível ver quando a saúde da bateria estiver acima de 80%, com uma indicação que nomeia esse valor como normal. A empresa afirma que o iPhone pode ter cerca de 1000 ciclos de carregamento com a bateria em bom estado.

Dois dias após ser multada em US$ 2 bilhões pela União Europeia, a Apple incluiu a opção de fazer sideload, ou seja, downloads de aplicativos sem passar pela loja oficial da marca. Todos os aplicativos disponíveis na App Store atualmente pagam cerca de 30% da arrecadação para a Apple, como uma espécie de taxa de hospedagem. A UE julgou a prática como monopólio e ordenou que a empresa tornasse possível o download fora da loja.

Veja como instalar

Para atualizar o sistema operacional é preciso acessar as configurações do iPhone, clicar em "geral" e depois em "atualização de software". Esse menu vai indicar a nova versão disponível e dar a opção de fazer o update no momento ou durante a madrugada.
 

Mudança

WhatsApp lança formatação de listas, citação e elementos de programação; veja como usar

Os recursos já estão disponíveis no Brasil e no restante do mundo

21/02/2024 14h00

As opções de formatação disponíveis anteriormente persistem. Divulgação

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O WhatsApp anunciou nesta quarta-feira (21) o lançamento de novas opções de formatação de mensagens.
Agora, é possível editar listas simples e numeradas, citações e adicionar elementos gráficos a partir de códigos de programação. Os recursos já estão disponíveis no Brasil e no restante do mundo.

"Além de ajudar a economizar tempo, as funções também ajudam os usuários a se comunicarem de maneira mais eficaz", diz a empresa.

Para criar uma lista, o usuário deve digitar um hífen (-) seguido de um espaço antes do texto.

As listas numeradas são iniciadas a partir da digitação de um numeral (1, 2, etc.) seguido por um ponto e espaço. A cada vez que o usuário pula uma linha, o marcador aumenta de forma automática.

A citação de bloco para destacar um texto-chave é acionado pelo sinal de maior (>) seguido de um espaço.

O código embutido, frequentemente usado por desenvolvedores para compartilhar trechos de códigos ou comandos, é adicionado a partir de uma filipeta (') antes do texto.

As opções de formatação disponíveis anteriormente persistem. São estas: negrito, itálico, tachado e monoespaçado.

Os comandos funcionam em Android, iOS (sistema operacional de iPhones), Web e Mac desktop. Os administradores de Canais no WhatsApp também poderão usar essas opções.
 

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