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Capacete de hipotermia pode salvar recém-nascidos com asfixia cerebral

Capacete de hipotermia pode salvar recém-nascidos com asfixia cerebral

AGÊNCIA BRASIL

26/09/2016 - 22h00
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Pesquisadores do Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Fundação Oswaldo Cruz (CDTS-Fiocruz) e do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ICB-UFRJ) estão desenvolvendo um capacete para salvar vidas de recém-nascidos que sofreram asfixia cerebral após o parto.

De acordo com o neurocientista e neurofisiologista Renato Rozental, responsável pelo estudo, o capacete flexível pode manter o cérebro com déficit de oxigenação resfriado, minimizando o desenvolvimento e gravidade de lesões neurológicas. “O tratamento desta emergência médica, portanto, constitui uma corrida contra o tempo”, explicou o médico.

A previsão é que o dispositivo de hipotermia focal cerebral neonatal esteja pronto em dois anos. A asfixia perinatal é a primeira causa de mortalidade de recém-nascidos no mundo. Por ano, em torno de quatro milhões de recém-natos apresentam asfixia. Desse total, um milhão morre e dois milhões ficam com sequelas graves.

A asfixia perinatal pode ser causada por compressão do cordão umbilical, deslocamento de placenta, retardo do crescimento intrauterino, entre outros motivos. Com a oxigenação do cérebro comprometida, o recém-nascido pode morrer ou ter problemas neurológicos. A asfixia ocorre com mais frequência em regiões com rede de saúde precária, quando partos são realizados de forma inadequada.

O capacete provoca a hipotermia controlada apenas do cérebro para interromper o avanço de lesões do tecido nervoso que podem matar ou mesmo deixar sequelas para o resto da vida.

Uso fora do hospital

Além dos problemas de oxigenação, o capacete poderá ajudar bebês com lesões provocadas por traumatismo cranianoencefálico (TCE). “Quando a pessoa está na rua e sofre isquemia ou traumatismo craniano, por exemplo, a tendência é que aumente a temperatura em áreas do cérebro, causando danos sérios e até irreversíveis. A touca permite reverter esse quadro, ainda na rua, minimizando os problemas”, ressaltou Rozental. O capacete é capaz de manter o resfriamento do cérebro por até 4 horas.

De acordo com o pesquisador, o resfriamento do cérebro é um tratamento consagrado nos meios hospitalares no mundo inteiro. “O dispositivo é que está sendo reconhecido internacionalmente por ser um produto inovador, acessível em qualquer ambiente, tanto fora como dentro do hospital”.

A pesquisa recebeu recursos da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e foi apresentada em um fórum da Organização das Nações Unidas, em junho, como uma das propostas da Fiocruz para reduzir a mortalidade neonatal mundial, principalmente em países em desenvolvimento.

Rozental, que também é professor do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, recebeu este ano o prêmio Saving Lives at Birth, consórcio que reúne seis entidades, entre elas a Fundação Bill & Melinda Gates, com o objetivo de dar apoio a recém-nascidos e às mães durante o trabalho de parto, principalmente em regiões sem assistência médico-hospitalar adequada. Selecionado entre 50 finalistas, entre 750 candidatos de 78 países,- o médico brasileiro foi o vencedor na categoria People’s Choice Award, projeto mais votado pelo público.

WhatsApp

Usuários reclamam de instabilidade no WhatsApp nesta quarta-feira

Nesta tarde, mais de 116 mil usuários registraram queixas sobre o funcionamento da plataforma

03/04/2024 14h32

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Usuários estão indo às redes sociais para reclamar que o WhatsApp, nas versões para celular e desktop, está fora do ar na tarde desta quarta-feira (3).

Usuários reclamam que mensagens enviadas na versão dos aplicativos para celular e web não estão sendo enviadas.

A reportagem de Tilt tentou enviar mensagem para um contato no aplicativo do celular, mas o texto não foi encaminhado. Porém, os textos enviados pela versão Web foram recebidos.

Às 15h18 (horário de Brasília), mais de 116 mil usuários registraram queixas sobre o funcionamento da plataforma, segundo a versão brasileira do site Downdetector, plataforma que monitora instabilidades em serviços online.

Desenvolvimento

Líder do FMI diz que mundo deve investir em transição verde e IA nos próximos 100 anos

O FMI projeta o Produto Interno Bruto (PIB) global 13 vezes maior do que hoje, com padrões de vida nove vezes mais elevados

14/03/2024 18h00

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A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse nesta quinta-feira, 14, que o mundo deve investir nos próximos 100 anos principalmente em transição verde, inteligência artificial, computação quântica, nanotecnologia e fusão nuclear, para desenvolver uma economia e sociedade mais justas no futuro.

Em discurso na King's College, em Cambridge, sobre a economia que o mundo deve deixar para as crianças, ela também defendeu a necessidade de ouvir "não só vozes oficiais, mas também comunidades e organizações sociais", e de moldar a economia para atingir resultados concretos calcados na cooperação.

Segundo ela, o mundo deve buscar mais representatividade para sua tomada de decisão, incorporando também as vozes de países em desenvolvimento e emergentes.

Georgieva afirma que o FMI projeta dois cenários para a economia global daqui a 100 anos: o mais otimista projeta o Produto Interno Bruto (PIB) global 13 vezes maior do que hoje, com padrões de vida nove vezes mais elevados.

A visão "menos ambiciosa" aposta em um PIB três vezes maior e um padrão de vida duas vezes mais robusto. Porém, ambos os cenários dependem de um mundo que aposte em três principais áreas de investimento: a nova economia climática, a próxima revolução industrial, e investimentos em pessoas.

Caso estes investimentos sejam atingidos, ela prevê grandes avanços climáticos, mas diz ser necessário mobilizar trilhões de dólares para a mitigação, adaptação e transição verde, focando principalmente em países em desenvolvimento, "os que menos poluem e os que mais sofrem com a poluição".

Paralelo a isto, o preço do petróleo e carvão deve ser maior, afirmou Georgieva, para "refletir os custos e impactos que eles deixam para a humanidade".

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