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Um em cada seis brasileiros corre risco de ter AVC

Um em cada seis brasileiros corre risco de ter AVC

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28/10/2014 - 04h00
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Quando o assunto é o AVC (Acidente Vascular Cerebral), doença que mata 5 milhões de pessoas no mundo e incapacita, de acordo com a OMS - Organização Mundial da Saúde, segundos fazem diferença. No Brasil, a doença mata mais que o infarto: são mais de 100 mil pessoas por ano, segundo o Ministério da Saúde. Um em cada seis brasileiros corre risco de sofrer um derrame, como a enfermidade também é conhecida. "Por isso é importante se atentar aos sintomas, encaminhar o paciente ao hospital o mais rápido e fazer exames de imagem para detectar a causa do problema", alerta o neuroradiologista Roberto Nogueira, diretor administrativo da Fundação IDI e professor da Unifesp.

Doença que compromete veias e/ou artérias e pode levar à destruição do parênquima cerebral, o AVC pode ser isquêmico (entupimento de um vaso que leva sangue ao cérebro) ou hemorrágico (rompimento do vaso no cérebro).  Em geral, afeta pessoas mais velhas, com mais de 40 anos, apesar de poder acometer jovens em casos mais raros.

Entre os principais sinais de alerta da doença estão dor de cabeça súbita e forte sem causas aparentes, perda da visão em um dos olhos, redução ou perda da força e/ou sensação de formigamento nos braços, pernas ou face (em geral, em um dos lados do corpo), alteração na fala, confusão mental, dificuldade para entender o que o outro diz, vertigens e instabilidade em se manter em pé ou para andar, náusea e vômitos.

Segundo o neuroradiologista João de Deus, da equipe da Fundação IDI que atua no Complexo Hospitalar do Mandaqui, zona norte de São Paulo, cerca de 80% dos casos são de isquêmicos. Embora ambos os tipos sejam graves, pondera o especialista, "o hemorrágico, que está ligado principalmente à hipertensão arterial, pode causar maiores danos cerebrais, muitos irreversíveis".
        
Exames que ajudam
Além da agilidade ao encaminhar o paciente ao hospital, há exames primordiais a serem feitos durante o atendimento. Entre eles, dois costumam ser fundamentais: a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.

Rápida, em geral fica pronta em 10 minutos, e não invasiva, a tomografia é capaz de determinar a presença da doença e esclarecer sua etiologia, direcionando o médico a escolher a melhor conduta. "Em alguns casos, o diagnostico pode não ser claro com apenas um exame, outros são necessários, como o de ressonância magnética, que também ajuda a orientar", esclarece o diretor da Fundação IDI.

Enquanto a tomografia usa a radiação, a ressonância magnética envolve mecanismo mais complexo de funcionamento, ao atrair os átomos de hidrogênio presente no organismo. "Esse tipo de exame trabalha com parâmetros diferenciados, é mais demorado por conta disso. E também exige que o paciente fique imóvel, em alguns casos a sedação é indispensável", detalha o médico. Além disso, a máquina pode gerar claustrofobia.

Outro exame que já é o próprio tratamento é a angiografia, que assim como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, também é feita pela Fundação IDI. "De alta complexidade, a angiografia não só tem atuação preventiva, como é uma ótima terapêutica, substituindo cirurgias abertas", destaque o Dr. João de Deus.

Em casos de aneurismas (quando ocorre uma dilatação anormal da parede de uma artéria), com uma angiografia, por exemplo, é possível fazer uma embolização. "Com a paciente sedada, é usado um cateter que segue até o local do trombo e molas são inseridas na região para evitar que o coágulo se rompa ou obstrua a passagem de sangue em direção ao cérebro", esclarece o médico do Mandaqui.

Ao contrário de uma cirurgia aberta que dura 6 horas ou mais, a técnica da embolização é minimamente invasiva e não se estende mais do que uma hora. Na opinião do Dr. João, trata-se de um procedimento com uma série de vantagens em relação à cirurgia, tanto para o paciente quanto aos custos para os cofres públicos. "A recuperação é mais rápida, os riscos de infecção hospitalar são menores, os leitos de UTI são liberados mais cedo e os gastos financeiros são menores", afirma.  Em casos de pacientes com possíveis sequelas, como paralisação de pernas ou braços, com a ajuda da angiografia, na mesma hora, eles voltam a movimentá-los.

Entre os tratamentos, além de procedimentos cirúrgicos, também existem as medicações, que, se usadas até 4,5 horas depois do incidente, e conseguem dissolver o coágulo e desobstruir caminhos.

Prevenção
Para o Dr. Nogueira, apesar de ser difícil prevenir o AVC, é importante cuidar da saúde, distanciando dos fatores de risco que levam aos problemas como a obesidade, incluindo a prática regular de atividade física, evitando o álcool, o cigarro e controlando os níveis de colesterol, da pressão arterial e do diabetes.

Sobre a Fundação IDI
A Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem atua há mais de dez anos na saúde pública de São Paulo. Mantém convênio para operar a área de diagnóstico por imagem de diversos hospitais das Secretarias de Saúde do estado e município de São Paulo, prefeituras próximas à capital, além do estado de Goiás.

Possui cerca de 2 mil funcionários e 500 médicos especialistas, que atendem em 75 unidades de saúde realizando mais de 4,1 milhões de exames por ano, sendo o maior provedor de exames de diagnósticos por imagem do país para a área pública.

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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