Cidades

empenhado

Verba de R$ 53 milhões vai servir
para infraestrutura em 24 cidades

Recursos estão divididos entre União e governo do Estado

RODOLFO CÉSAR

19/06/2017 - 17h43
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Um total de mais de R$ 53 milhões vai ser dividido para 24 municípios do Estado para obras de infraestrutura urbana. Metade desses recursos tem origem em emendas da bancada federal concedidas em 2015, mas que só foram repassadas pela União agora. A outra metada é contrapartida do governo estadual.

As ordens de serviço para intervenções de drenagem e asfalto foram assinadas hoje pela manhã no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande.

O dinheiro foi repassado pelo Ministério das Cidades e vai ser destinado para Caarapó, Aparecida do Taboado, Ivinhema, Laguna Carapã, Paraíso das Águas, Rio Negro, Sete Quedas, Sidrolândia, Água Clara, Fátima do Sul, Jardim, Nova Alvorada do Sul, Ribas do Rio Pardo, Campo Grande, Nova Andradina, Deodápolis, Dourados, Itaporã, Naviraí, Sonora, Chapadão do Sul, Aquidauana, Coxim e Porto Murtinho.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) opinou que essas obras contribuem para impulsionar a economia e fazem parte de ações para melhorar o cenário de crise.

"A crise cria um momento de incertezas. Mas eu ouvi na terça-feira (13) do ministro (da Fazenda, Henrique) Meirrelles um otimismo, que o Brasil vai voltar a crescer. A crise é passageira. O país não vai paralisar", comentou Azambuja.

Os valores liberados pela União somam R$ 29.198.935,95 e precisam ser investidos dentro do programa de infraestrutura urbana. O Estado vai participar com cerca de R$ 24 milhões, que têm origem do Fundo Estadual de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário (Fundersul).

O superintendente da Caixa Econômica Federal, Evandro Narciso de Lima, participou do evento também. O banco é responsável pela transação dos recursos.

As emendas foram indicadas por Carlos Marun (PMDB), Elizeu Dionízio (PSDB), Geraldo Resende (PSDB), Luiz Henrique Mandeta (DEM), Tereza Cristina (PSB) e Zeca do PT, e pelos ex-deputados Antonio Carlos Biffi (PT) e Fábio Trad (PMDB).

O prefeito de Coxim, Aluizio São José (PSB), esteve no evento e reconheceu que as verbas sofreram atraso para chegar, mas agora que foram liberadas ele defendeu que serão bem empregadas.

"Sabemos que as políticas públicas demoram a acontecer, não são rápidas como gostaríamos, mas quando adotadas são definitivas. As parcerias nunca foram tão importantes como nesse momento de crise", comentou.

NA ESPERA

A lista de cidades que ainda não receberam recursos para obras de infraestrutura vão ficar para uma segunda fase de liberação. Não foi divulgada data para esse novo empenho.

O governador Reinaldo Azambuja disse que o total de dinheiro que deve ser obtido para investimento chega a R$ 500 milhões, montante que cobriria os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Para completar essa verba ainda faltam os empenhos de 2016 e a contrapartida estadual.

RECURSOS DE EMENDAS E OBRAS

Ivinhema: R$ 1.974.187,99 para pavimentação asfáltica e drenagem;

Sete Quedas: R$ 1.493.499,25 para sistema de drenagem de águas pluviais no bairro Jardim El Paraíso;

Naviraí: R$ 1.360.272,00 para drenagem e asfalto no Jardim Paraíso, onde foi formado "buracão" de 15 metros com chuvas de 2015;

Laguna Carapã: R$ 1.286.364,59 para obras de drenagem e asfalto no Distrito de Bocajá;

Sidrolândia: mais de R$ 1 milhão para asfalto da principal via que dá acesso ao bairro Morada da Serra;

Rio Negro: R$ 439.990,26 para pavimentação e drenagem da Rua Pernambuco e Espírito Santo;

Aparecida do Taboado: R$ 1,3 milhão para pavimentação de vias urbanas e drenagem de águas pluviais;

Chapadão do Sul: R$ 602.476,64 para afasltar parte da Avenida Rio Grande do Sul;

Ribas do Rio Pardo: R$ 635 mil para obras em um dos bairros mais antigos da cidade, com 40 anos, o São Sebastião.

Cidades

Saiba o que mudou na CNH para ciclomotores

Usuários desse tipo de transporte devem se atentar para regularizar a documentação a partir de 1º de janeiro de 2026

17/12/2025 15h33

Crédito: Tomaz Silva / Agência Brasil / Arquivo

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Em reunião entre o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) e o Conselho Estadual de Trânsito (Cetran-MS) para debater mudanças na carteira de motorista, foram abordadas alterações na legislação dos ciclomotores.

A partir de 1º de janeiro de 2026, a Resolução nº 996/2023 determina que será necessário o registro e o emplacamento dos veículos.

Com relação à legislação dos ciclomotores, o Detran-MS alertou que vários municípios não editaram normas próprias sobre a circulação desses veículos, o que, a princípio, poderá implicar dificuldades na fiscalização quanto à exigência da CNH ou da Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC) para usuários desse tipo de veículo.

Cabe ressaltar que, conforme explicou o órgão de trânsito, o Detran-MS tem responsabilidade pela parte da documentação, enquanto o emplacamento fica por conta do proprietário.

Já aos municípios compete a regulamentação e a fiscalização da circulação.

Ficaram de fora das alterações

Bicicletas e patinetes elétricos não são classificados como ciclomotores e, portanto, não necessitam de registro ou emplacamento, devendo apenas respeitar as normas municipais vigentes.

Preciso de CNH?

Com isso, bicicletas elétricas (com pedal e sem acelerador) não exigem que o condutor possua habilitação.

Já os ciclomotores necessitam de habilitação (ACC ou CNH categoria A), licenciamento, placa e uso de capacete, seguindo regras semelhantes às aplicadas a quem pilota motocicletas.

Alterações na CNH

Na reunião, os gestores pontuaram que a mudança na legislação alterou procedimentos de emissão e renovação da CNH, sem considerar o tempo necessário para que os órgãos de trânsito estabeleçam as mudanças, que implicam em:

  • adequações internas;
  • novos protocolos;
  • regramentos;
  • credenciamentos e fluxos operacionais.

“A resolução e a medida provisória não trouxeram instrumentos que permitam uma rápida adequação dos Detrans, o que impacta diretamente as operações e rotinas. Esse alinhamento é fundamental para garantir segurança jurídica e eficiência na aplicação da legislação”, disse o diretor-presidente do Detran-MS, Rudel Trindade.

A presidente do Cetran-MS, Regina Maria Duarte, destacou que a aplicação da nova legislação da CNH exige atuação integrada entre os órgãos normativos e executivos.

“Estamos diante da maior mudança na legislação de habilitação das últimas décadas, que não se resume à alteração de normas, mas envolve a adaptação de sistemas, processos e estruturas. Nesse contexto, o Cetran tem o papel de coordenar, harmonizar e orientar a aplicação das diretrizes federais à realidade do Estado, enquanto o Detran executa essas diretrizes no dia a dia. Essa parceria é essencial para garantir segurança jurídica, continuidade dos serviços e transparência à população”, afirmou.
 

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Texto segue à Câmara

Senado aprova emenda que permite separar polícias civil e científica

Nelsinho Trad e Tereza Cristina votaram a favor da proposta; Soraya Thronicke não compareceu

17/12/2025 15h30

Foto: Paulo Ribas / Arquivo Correio do Estado

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O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (16), em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 76/2019, que inclui as polícias científicas no rol dos órgãos de segurança pública previstos na Constituição, medida que abre caminho para a separação administrativa e funcional entre a Polícia Civil e a Polícia Científica nos estados, reforçando a autonomia dos órgãos responsáveis pelas perícias criminais. O texto segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

Em primeiro turno, a proposta recebeu 65 votos favoráveis e apenas uma abstenção. No segundo turno, foram 64 votos a favor, superando com folga o mínimo constitucional de três quintos dos votos dos senadores. Para entrar em vigor, a PEC ainda precisa ser aprovada em dois turnos pela Câmara, com pelo menos 308 votos favoráveis.

Após a aprovação no Senado, entidades representativas da categoria comemoraram o avanço. Francisco Orlando, presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses de Mato Grosso do Sul (Sinpof/MS) agradeceu aos senadores de Mato Grosso do Sul que votaram favoravelmente à proposta, destacando o apoio de Nelsinho Trad e Tereza Cristina. A senadora Soraya Thronicke não participou da votação.

Segundo Orlando, a autonomia da Polícia Científica garante mais independência técnica e fortalecimento institucional. O sindicato afirmou estar mobilizado para acompanhar a tramitação da PEC na Câmara dos Deputados, confiantes na continuidade do apoio parlamentar a uma medida considerada histórica para a segurança pública brasileira.

Texto

A PEC foi apresentada em 2019 pelo então senador Antonio Anastasia (MG), hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), e tem como objetivo garantir autonomia constitucional às polícias científicas, responsáveis por atividades criminalísticas, de identificação e ações médico-legais. Atualmente, em muitos estados, esses órgãos ainda estão vinculados à estrutura da Polícia Civil.

Relatora da matéria, a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) afirmou que a mudança representa um avanço institucional para a segurança pública brasileira. Segundo ela, o reconhecimento constitucional fortalece a independência técnica das perícias, fundamentais para a qualidade das investigações criminais e das decisões judiciais. De maneira muito equilibrada, o Senado respeita muito a área da segurança pública, declarou a relatora durante a votação.

Dorinha também acatou parcialmente uma emenda apresentada pelo senador Dr. Hiran (PP-RR), esclarecendo que a PEC contempla os peritos criminais, os peritos médico-legistas e os peritos odontolegistas como peritos oficiais de natureza criminal.

Plenário

Durante a discussão em Plenário, senadores de diferentes partidos elogiaram a proposta. Para Jayme Campos (União-MT), a PEC representa um marco na modernização do Estado brasileiro. Marcos Rogério (PL-RO) e Sergio Moro (União-PR) destacaram que a iniciativa valoriza os profissionais da polícia científica e fortalece o sistema de justiça criminal. Moro afirmou que rende homenagens não apenas à polícia científica, mas a todos os policiais que se dedicam à segurança pública.

A relatora ressaltou ainda que diversos estados já possuem polícias científicas estruturadas de forma independente da Polícia Civil, o que demonstra a viabilidade do modelo agora proposto em nível constitucional.

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