O presidente do SETASP (Sindicato dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliadores do Setor Público de Três Lagoas), João Carvalho, se reuniu com a assessoria de recursos humanos da Prefeitura do município para discutir melhorias para a classe. A reunião aconteceu nesta quarta-feira (22) após os enfermeiros da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) terem trabalhado de preto na última segunda-feira (20) em protesto por melhores condições de trabalho e salários.
Segundo Carvalho, os profissionais vinham tentando marcar uma reunião há meses com a Prefeitura, porém, só agora conseguiu. “O protesto foi de grande valia, pois chamou a atenção da Administração Pública“, comemorou.
Carvalho disse também que uma nova reunião deve acontecer entre a Prefeitura e os enfermeiros, contudo, ele não descarta novos protestos e até mesmo uma greve. “Vamos ouvir a proposta, se não vir de encontro com o que queremos continuaremos protestando”, destacou.
Atualmente, o que mais incomoda os enfermeiros, técnicos e auxiliadores é a diferença nos salários, que chaga a ser exorbitante. De acordo com Carvalho, a diferença no salário de profissionais da mesma categoria chega 25%. “Não existe um piso salarial que possa ser aplicado no município e isso não é justo. Hoje, não temos definido um percentual de aumento, porém, queremos a equalização do salário”, pontuou.
Além da diferença salarial os cafés da manhã e da tarde foram cortados pela prefeitura que alegou retenção de gastos. Até mesmo copos descartáveis foram retirados. “Quem quer beber água precisa levar o copo de casa”, disse o presidente do sindicato.
Outro agravante é que desde que o PAB (Pronto Atendimento Básico) foi fechado, há dois anos, a UPA enfrenta superlotações diárias. O serviço básico, por exemplo, que era feito no PAB hoje é atendido pelo pronto atendimento. “Os profissionais estão sobrecarregados, e, infelizmente, a população acaba sendo prejudicada porque o tempo de espera para atendimento aumentou. Atendemos a cidade toda”, completou.