Depois de fazer uma viagem para o Sul do Estado, Guilherme Benites foi um dos primeiros motoristas que viram o acidente que matou Célio Roberto dos Santos, 38 anos, na MS-162, na saída de Maracaju. Ele ajudou a salvar outras três vítimas da colisão, todos ocupavam uma Hilux que se envolveu na violenta colisão.
"Eu estava voltando para Campo Grande. No momento que vi o acidente deveria ter acontecido alguns minutos antes de eu passar por lá. Não vi a caminhonete capotada, só vi um caminhão no acostamento com os piscas ligados e o corpo de um homem todo destroçado no chão. Não parei o carro, pois estava tudo escuro e fiquei surpreso com o acidente. Pedi para minha mulher ligar para emergência na hora", relatou.
Segundo Benites, o horário que passou pelo local do acidente foi por volta das 20h30 de quinta-feira (12).
Célio Roberto era morador do Assentamento Geraldo Garcia e estava em uma moto. Testemunhas relataram ao site Região News que ele estaria embriagado e tinha acabado de sair de um bar que fica perto da rodovia. O motociclista invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente com a Hilux.
No utilitário estavam o motorista, João Fidélis do Espírito Santo, 56 anos, o pai dele, Isaque Oliveira dos Santos, de 80 anos, e Luciana Nogueira, de 37 anos. O condutor ficou preso às ferragens e os Bombeiros que o retiraram. As três vítimas foram levadas para o Hospital Elmiria Silvério Barbosa.
"Olha, eu vi destroços da moto no chão e o corpo do rapaz estava despedaçado. Vi muito sangue no chão. Foi muito feio", recordou a testemunha.
Sem julgar especificamente esse acidente, Guilherme Benites comentou que fatos tristes como o que vitimou Célio Roberto devem servir para que motoristas reflitam sobre a violência no trânsito.
"Eu acho triste as atitudes de certos motoristas, principalmente aqueles que tem um carro potente, esses sim abusam da velocidade", criticou.
Na colisão de ontem (12), o impacto foi tão forte que a cabeça de Célio Roberto foi decepada e Bombeiros a encontraram dentro da caminhonete.
FAMÍLIA DESTRUÍDA
Célio Roberto era casado e tinha dois filhos, uma menina de 15 anos e um menino de 11 anos. O mais novo tem uma doença degenerativa (distrofia muscular de Duchenne), informou o site Região News. A doença dele foi diagnosticada há três anos e a criança não anda mais.
O tratamento com fisioterapia acontece em Campo Grande. Recentemente o menino caiu da cadeira e fraturou as duas pernas. A família ainda tenta uma vaga em van do serviço público para fazer a viagem.
*Editada às 08h38 de 14/10/2017 para atualização de informações.