Cerca de 500 pessoas ligadas a movimentos sindicais e pela terra ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na manhã desta quarta-feira (6) em Campo Grande.
Participam do movimento pessoas ligadas ao Movimento Sem Terra (MST), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento Camponês de Luta pela Reforma Agrária (MCLR).
De acordo com a coordenação do movimento, a cada hora ônibus chegam com mais pessoas para acampar no prédio. Três andares foram ocupados pelos sem-terra, que não entraram nas salas, e não há previsão para a desocupação do prédio. Os funcionários do Incra foram dispensados e os serviços estão parados.
Os manifestantes reivindicam um novo superintendente, reestruturação do Incra com novos concursos públicos, estrutura básica para os assentamentos, como água, luz e estradas e novos assentamentos, além da retomada da reforma agrária.
“Já foi esgotada a questão do diálogo e eles já esperam pela questão do confronto. Sabemos que se não houver conflito não vai ter resposta”, disse o coordenador estadual do MST, Dinho Lopes.
A assessoria de comunicação do Incra disse que há manifestantes de 16 municípios do estado acampados no prédio. Conforme o órgão, o Estado já possui mais de 30 mil famílias assentadas e o Incra reconhecem a necessidades de infra-estrutura nos assentamentos.
Ainda de acordo com o Incra, dois diretores do órgão em Brasília, de obtenção e desenvolvimento, devem vir a Capital para conversar com os manifestantes, mas as negociações devem ser feitas depois da desocupação do prédio. Já os manifestantes afirmam que não vão deixar a sede até que haja conversa.