Seis cidades de Mato Grosso do Sul são alvos em operação do Exército Brasileiro, contra produção e uso ilegal de artefatos explosivos. A ação, denominada como “Rastilho II” que ocorre também em cidades do Mato Grosso, começou ontem (29) e termina amanhã (31), podendo ser prorrogada. No primeiro dia, foram apreendidos 290 quilos de explosivos que seriam capazes de demolir 150 casas, conforme comparativo de setor militar.
O comandante da 9ª Região Militar (SisSFPC/9) do Comando Militar do Oeste, general Luciano José Penna, explica que o objetivo da operação é buscar irregularidades em empresas que atuam na cadeia de produção, transporte, armazenamento e comercialização de artefatos explosivos.
Ele comenta, sem citar números, que análise em mapa de mancha criminal apontou alto índice de uso de explosivos em seis cidades de Mato Grosso do Sul, sendo elas: Costa Rica, Terenos Sidrolândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado e Brasilândia . Por isso, a operação é feita apenas nesses municípios e, por enquanto, nenhuma irregularidade foi encontrada.
Ainda de acordo com o comandante, o objetivo é prevenir atentados. “Queremos prevenir que artefatos de alto poder de destruição cheguem às mãos de pessoas indevidas e que possam ocasionar atentados civis ou contra patrimônios como terminais bancários, por exemplo”, citou.
Ainda segundo ele, a operação também visa garantir a segurança nos jogos das Olimpíadas 2016. Evento que acontece em agosto, no Rio de Janeiro. “Queremos evitar que atentados contra pessoas como vêm ocorrendo em outros países aconteçam no nosso país”, pontuou o general Luciano.
RESULTADO PARCIAL
Ao contrário de MS, no Mato Grosso, no primeiro dia de ação, equipes apreenderam 290 quilos de explosivos que seriam suficientes para demolir 150 casas, conforme comparativo do coronel e assistente técnico do setor de fiscalização de produtos controlados e que atua no estado matogrossense, Emídio Silva Dias.
Segundo ele, a apreensão ocorreu em garimpo de mineração, entre as cidades de Guarantã do Norte e Peixoto de Azevedo, que funcionava irregularmente e usava os artefatos sem licença.
Ao todo, 200 homens são empenhados na operação “Rastilho II”, sendo 50 militares do Exército e o restante integrantes da Polícia Militar, Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Fazenda e do Departamento Nacional de Produção Mineral.
Empresas flagradas em situação irregular, poderão ser multadas e penalizadas desde advertência até cassação do registro de funcionamento.