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Quatro detentos rendem policial e fogem de delegacia; 3º caso em 6 dias no Estado

Outros dois casos foram registrados em Itaquiraí e Pedro Gomes

NILCE LEMOS

28/11/2015 - 08h30
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Quatro detentos da cadeia pública de Iguatemi, distante 466 km de Campo Grande, fugiram no final da tarde desta sexta-feira (27) depois de renderem um policial civil, este é o terceiro caso de confusão em delegacia em uma semana. O primeiro aconteceu no sábado passado quando cinco presos fugiram de delegacia de Itaquiraí e agrediram o investigador Ariel Marcelo Farias. Na última quarta-feira (25), o policial civil Anderson Garcia da Costa morreu depois de confusão em cela de delegacia de Pedro Gomes.

Segundo o site A Gazeta News, entre os fugitivos estão Doglas Gonçalves Rubitalti, 19 anos, segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) com passagens pela polícia por roubo e furto qualificado, Alexandro Ferreira da Silva, 30 anos, com passagens por roubo, furto qualificado e violência doméstica, Dirley de Senen Teles, 20 anos, preso por homicídio qualificado e Ezenildo Ribeiro Veiga, 28 anos, preso por tráfico de drogas.

Conforme a reportagem, armados com uma arma artesanal, uma espécies de espeto conhecido como “chucho”, geralmente feitos à base de ferro de construção ou eixo de ventilador, Doglas Rubitalti e Alexandro Ferreira da Silva renderem o investigador de plantão na Delegacia no momento que o policial entregava alimentos para os detentos. Antes de fugir os criminosos ainda teriam revistado o investigador a procura de sua arma, mas como, por medida de segurança, existia uma determinação do delegado, para não adentrar nas celas portando arma de fogo, o investigador estava desarmado.

De acordo com o site, parte dos detentos permaneceu mantendo o investigador retido na galeria de celas enquanto os criminosos fujões reviravam o cartório da Delegacia em busca de armas, porém não conseguiram já que a arma do policial rendido estava trancada dentro de um armário. Segundo a polícia, durante a fuga os marginais ainda teriam levado o sistema de armazenagem de imagens do sistema de monitoramento da delegacia, mas o equipamento foi abandonado e localizado pela polícia.

Ainda segundo informações da publicação, o investigador foi mantido como refém dos detentos que não quiseram fugir, cerca de 35 homens, até que o quarteto fugisse do prédio, depois acabou liberado. Depois de solto pelos presos, o policial que apesar das ameaças não sofreu ferimentos, acionou a Polícia Militar e as buscas pelos foragidos deram início.

A polícia solicita a quem tiver informações sobre o paradeiro dos foragidos para comunicar, mesmo que de forma anônima, a Delegacia de Polícia Civil de Iguatemi pelos telefones; (67) 3471-1073 e (67) 3471-1372.

A informação também pode ser passada à Polícia Militar de Iguatemi no telefone (67) 3471-1313, através do 190, o telefone de emergência da Polícia Militar em todo o Estado, ou na unidade policial mais próxima.

MANIFESTO POLICIAL

Nesta sexta-feira (27), os policiais civis anunciaram o ato simbólico de entrega das chaves das delegacias em protesto contra o desvio de função. Conforme a manifestação, os policiais civis estariam cumprindo função de agentes penitenciários e com isso, estão sofrendo com a insegurança.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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