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Prefeitura diz que efetivo de médicos é insuficiente e pede multa diária de R$ 100 mil

Greve começou hoje e prefeitura diz que efetivo de 30% é insuficiente para atender demanda

aliny mary dias e kleber clajus

06/05/2015 - 08h20
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Iniciada na manhã desta quarta-feira (6), a greve dos médicos que atuam nas unidades de saúde da prefeitura de Campo Grande se transformou em caso de Justiça. Depois de pedir que o judiciário determinasse a ilegalidade da paralisação, agora a prefeitura quer que a Justiça fixe multa diária de R$ 100 mil para que os profissionais voltem ao trabalho.

Manifestação feita no fim da tarde de ontem (5) pela procuradoria jurídica da prefeitura tem como base avaliação da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) que aponta como insuficiente o efetivo de 30% mantido pela categoria durante a greve.

Conforme o pedido de antecipação de tutela assinado pelo procurador Valdecir Balbino da Silva o efetivo de 30% é insuficiente para atender a demanda “vez que com 100% esta já está deficitária”.

Na manifestação, a procuradoria pede a suspensão preventiva da greve multa diária de R$ 100 mil para o descumprimento. Nenhuma decisão foi divulgada pela Justiça até agora.

O presidente do Sindimed, Valdir Siroma, afirmou que se a Justiça decidir pelo fim da greve, a categoria deve seguir a decisão. "O sindicato não vai agir na ilegalidade".

GREVE

Coordenada pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sindimed-MS), a paralisação iniciou na manhã de hoje. Ainda não foram registrados superlotamento em unidades. No entanto, os atendimentos que estavam agendados, principalmente os da atenção básico, foram suspensos.

Para manter os 30% de efetivo exigido por lei, os profissionais têm feito esquema de revezamento, ou seja, enquanto alguns trabalham, outros aguardam a vez.

Quem foi em busca de atendimento a partir da meia-noite de hoje, colecionou horas de espera. Com dores no corpo, Monica de Oliveira Correa, de 26 anos, foi na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Coronel Antonino Às 20 horas de ontem. Ela saiu da unidade 1 hora da manhã de hoje sem atendimento e retornou na unidade no início da manhã.

REAJUSTE

De acordo com o Sinmed-MS, desde janeiro deste ano que a entidade tenta um acordo com a administração pública, mas a única resposta dada até o momento foi que não haveria reajuste salarial.  

Além de reajuste zero foram cortadas também três gratificações dos profissionais, reduzindo a assim o salário em 50%. A categoria luta também por mais investimentos na saúde, condições adequadas de trabalho e mais segurança nos postos de saúde. 

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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