Presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, adiou o fechamento da ala de psiquiatria da unidade para o 9 de outubro. Anteriormente, ele havia anunciado que até 30 de setembro todos os pacientes dos 10 leitores seriam levados para o Hospital Nosso Lar ou, se não houvess vaga, acabariam recebendo alta.
Em resposta ao pedido feito pelos médicos psiquiatras para o não fechamento da ala, a comissão que administra o hospital enviou, nesta terça-feira (3), carta para os profissionais justificando a decisão de paralisar o atendimento psiquiátrico definitivamente.
"A Santa Casa está medindo forças", disse o presidente da comissão de saúde da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Siufi (PMDB). Ele foi procurado pelos médicos que trabalhar no setor para intermediar o caso e tentar evitar o encerramento do atendimento.
Na carta assinada pelo presidente da Associação Beneficente Campo Grande (ABCG), administradora da Santa Casa, Esacheu Nascimento, e pelo superintendente do hospital, Augusto Ishy, a comissão apresentou o gasto que a instituição tem com a ala de psiquiatria. De acordo com Esacheu, o valor da despesa é de quase R$ 266 mil/mês.
Porém a defensora pública estadual, Eny Diniz, já entrou com ação civil pública para tentar impedir a medida da diretoria. Ainda não houve decisão judicial.
A audiência de conciliação está marcada para esta terça-feira (3), às 15h. "Na reunião de ontem (2), Esacheu levou a diretoria técnica e reforçou que vai fechar a ala e que vai alocar o setor. Hoje cremos que o juiz vai determinar algo", finalizou médica psiquiatra Daniela Bruneli.