Moradores do assentamento Itamarati bloquearam, na manhã desta quarta-feira (10), trecho da rodovia MS-164, em Ponta Porã, distante 346 quilômetros de Campo Grande. A população reivindica melhorias na infraestrutura da região, que tem diversos caminhões carregados de grãos parados em meio às erosões que impedem o trânsito na estrada. O bloqueio acontece no quilômetro 45, entre Vila Secador e trevo da sede do Itamarati.
De acordo com o Porã News, um morador que não aderiu ao bloqueio, mas apoia a manifestação, disse que o protesto reclama ainda o não uso de recursos que teriam sido enviados pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
O prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novaes (PDT), disse o movimento é fraco, porque não tem apoio de movimentos locais e acredita que a manifestação é política, apoiada pela oposição de sua administração. Ele garantiu que o recurso do Incra para melhorias nas estradas ainda não foi depositado. De acordo com o projeto, estão previstos R$ 4,5 milhões do Governo Federal e R$ 500 mil do município. Segundo Ludimar, o projeto de melhoria nas estradas está pronto e custou cerca de R$ 200 mil aos cofres da prefeitura.
O chefe do Executivo alega que colocou a serviço dos agricultores uma patrola, um movimentador e uma pá carregadeira, além de enviar 200 litros de diesel por semana. Nesta terça-feira (9), o presidente da Associação de Moradores do Assentamento Itamarati, Luiz Artur dos Santos, informou que o combustível é insuficiente e, na manhã desta quarta-feira (10), o prefeito disse que providenciará aumento no volume de diesel enviado. Serão necessários 12 mil litros para concluir a reforma dos pontos críticos, segundo Ludimar.
Segundo informações, o protesto só será finalizado após a presença do prefeito Ludimar Novais na região.