A assessoria de imprensa do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul ( Sinpol/MS) confirmou às 16h45min a morte do investigador Anderson Garcia da Costa, que estava lotado na Delegacia de Pedro Gomes.
O policial foi agredido por um detento na manhã desta quarta-feira (25), quando atendia a demanda de um preso que acredita-se ter problemas psiquiátricos.
Segundo a reportagem apurou, o investigador foi encaminhado mais cedo para o município de Coxim, mas devido a gravidade dos ferimentos, acabou transferido para Campo Grande em estado grave. No caminho, Anderson não resistiu e morreu.
O interno que agrediu o policial foi baleado na perna quando teve o surto pela manhã. Ele está internado e conforme a assessoria da Sinpol, assim que receber alta médica, retorna ao presídio.
Anderson trabalhava há um ano como policial civil. A esposa dele, que mora em Mato Grosso, virá para Campo Grande para acompanhar o caso.
Ainda de acordo com a assessoria, “a categoria está muito sensibilizada e consternada com a situação. Vamos ressaltar a falta de segurança dos nossos servidores, que estão cumprindo uma função para qual não foram treinados. O papel do policial civil é investigar e solucionar crimes, essa falta de estrutura infelizmente resultou na morte do investigador”.
SITUAÇÃO COMPLICADA
A custódia de presos no interior do Estado está "caótica", conforme classificou o sindicato da categoria. Das 49 delegacias, 29 estão com ocupação entre 12,50% a 450% excedente em sua capacidade. Na delegacia de Pedro Gomes constam 10 presos custodiados.
“Inúmeras vezes alertamos sobre o risco a que os policiais se expõem ao desempenhar uma tarefa para qual não foram treinados. O policial civil forma-se na academia para investigar e solucionar crimes, não para vigiar presos", reclamou o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda.
Outro ataque a policial aconteceu no sábado (21) em Itaquiraí. Arlei Marcelo Farias foi atingido por uma barra de ferro e cinco presos conseguiram fugiram. O ataque aconteceu quando o investigador distribuía o jantar. Ele estava sozinho para cuidar de 21 presos.
POSICIONAMENTO OFICIAL
A reportagem tentou contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) para ouvir o que será feito com a situação crítica das delegacias. A assessoria de imprensa informou que se pronunciaria mais tarde.