A Operação Carnaval para repressão à pesca predatória nos rios do Estado durante o feriado terminou na manhã desta quarta-feira (10) e a Polícia Militar Ambiental (PMA) divulgou o balanço das apreensões. Neste ano, os números de autuações e prisões aumentaram em relação ao mesmo período do ano passado, com 10 presos, quase 500 kg de pescado apreendidos e R$ 133,3 mil em multas. A apreensão de peixes foi maior que em três meses de Piracema.
Ao todo foram autuadas 17 pessoas, quatro a mais do que a operação passada, quando foram 13 autuados. Foram 10 presos por pesca predatória e seis prisões na operação passada. Três pessoas foram autuadas por pescar sem licença e nenhuma na operação anterior. A pesca sem licença não é crime ambiental, mas somente infração administrativa.
A quantidade de pescado apreendida foi de 498 quilos, enquanto na operação passada foram apreendidos apenas 31 quilos. A diferença ocorreu em razão de duas apreensões no município de Corumbá, sendo um pescador preso com 340 quilos e outro com 113 quilos.
A quantidade de petrechos de pesca proibidos teve como destaque a quantidade de redes. Foram 31, medindo 2,2 km, a maior desde 2007 e o dobro da operação passada, com 15. A quantidade de anzóis de galho também foi a maior de todas as operações, desde 2007, quando os números começaram a ser separados. 434 anzóis, contra 253 na operação passada.
MAIOR APREENSÃO DESDE 2007
Foi a maior apreensão de pescado desde 2007, quando foram separados números da Operação Carnaval. A apreensão foi maior ao que se apreendeu nos três meses de piracema, quando foram apreendidos 454 kg. De acordo com a PMA, o número de autos de infração foi excelente, embora dentro da média, tendo em vista que nos anos em que os números foram mais altos, a pesca estava aberta, e por esta razão, mais autuações. Por exemplo, em 2012, só em autuações por falta de licença de pesca foram 12.
A operação reforçou o efetivo nas cidades com tradição carnavalesca, que coincidentemente também possuem rios piscosos e tradição pesqueira. Os principais reforços foram para Corumbá e Porto Murtinho, devido ao rio Paraguai estar permitida a pesca na modalidade pesque-solte no seu leito.
Além da pesca, as 25 Subunidades desenvolveram também barreiras e combate e prevenção ao desmatamento e carvoarias irregulares, exploração ilegal de madeira, com visitas às propriedades rurais, bem como combate aos crimes contra a fauna, poluição e outros crimes ambientais.
Vale ressaltar que a pesca estava aberta na modalidade pesque-solte no leito do rio Paraguai e, por isso, autuação por falta de licença durante a piracema.
OUTROS CRIMES
Um fazendeiro autuado por desmatamento de 5 hectares e outro autuado por armazenamento ilegal de madeira. Uma pessoa foi autuada por transporte ilegal de aroeira e outra por construir em área de preservação permanente (APP).
Os valores de multas aplicados foram de R$30.300,00, contra R$ 103.000,00 na operação passada. A diferença foi em razão de apreensão de carvão e de autuação por um desmatamento de 57 hectares em área protegida (APP) que preveem multas maiores, às ocorrências desta operação, que predominaram os flagrantes de pesca predatória.
A PMA também retirou dos rios 2,2 km de redes de pesca e 435 anzóis de galho, petrechos com alta capacidade de dizimar cardumes.