Cidades

CRIME AMBIENTAL

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Polícia aplica R$ 1,8 milhão em multas no Estado

Em pouco mais de um mês foram 17 autuações

NILCE LEMOS

09/10/2015 - 14h15
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Policiais militares ambientais de Bataguassu realizavam fiscalização na quinta-feira (8) em uma estrada vicinal do assentamento Barreiro, localizado a 30 km da cidade de Anaurilândia e abordaram um caminhão com carga de toras de madeira nativa transportadas ilegalmente. A madeira era transportada com a autorização ambiental (DOF – Documento de Origem Florestal) irregular.

O veículo, com placas de Nova Andradina, seguia com 11 m³ de madeira das espécies jatobá, faveiro, cumbaru e pau-d’óleo. O material lenhoso e o veículo foram apreendidos.

A empresa proprietária da madeira, com domicílio em Anaurilândia foi autuada administrativamente e multada em R$ 3.300. O material apreendido e o veículo foram encaminhados à delegacia de Polícia Civil de Anaurilândia e os responsáveis pela empresa responderão por crime ambiental. A pena para este crime é de seis meses a um ano de detenção.

CONTRA A FLORA

Os crimes contra a flora têm predominado nas ocorrências da PMA, em especial, a exploração ilegal de aroeira. Nas propriedades rurais, principalmente em assentamentos, tem sido crescente a quantidade de autuações.

Além de pecuarista autuado duas vezes em oito dias e este de ontem, só do início do mês de setembro até hoje foram mais 17 autuações, que geraram R$ R$ 1.875.000,00 em multas. No dia 4 de setembro, uma pessoa foi autuada por destruir matas ciliares de córrego no município de Campo Grande e houve multa de R$ 5 mil. Em Miranda, no mesmo dia, outro infrator foi multado em R$ 5 mil por degradar matas ciliares de um córrego no perímetro urbano.

No dia 8 de setembro, uma empresa de Ivinhema foi multada em R$ 1.711,000,00 por provocar incêndio em cana-de-açúcar, que saiu do controle e atingiu 87 hectares de matas ciliares de cursos d’águas e nascentes na propriedade. No mesmo dia, em Miranda, um fazendeiro foi multado em R$ 6 mil por armazenamento ilegal de aroeira.

Em Costa Rica, no dia 13 de setembro, uma pessoa foi multada em R$ 21 mil por exploração ilegal de madeira. No mesmo dia, em Rio Negro, um infrator foi multado em R$ 5 mil por desvio de córrego, afetando as matas ciliares e outro foi multado em R$ 1.500 por armazenamento ilegal de madeira, no município de Corguinho. No dia 14 de setembro, um fazendeiro foi multado em R$ 24 mil, por queima de pastagem.

No dia 15 de setembro, outra pessoa foi multada em R$ 10 mil por destruir matas protetoras de nascentes para a construção de um loteamento em Bonito. No mesmo dia, um infrator foi autuado em R$ 3.300 com carga de madeira ilegal. No dia 24 de setembro, uma carga de lenha foi apreendida em Costa Rica e o infrator multado em R$ 11 mil. No dia 28, uma pessoa foi multada em R$ 1 mil por desmatamento ilegal. No mesmo dia, uma fazendeira foi multada em R$ 9.800 por exploração ilegal de aroeira e outras madeiras em Bonito.

No dia 29 de setembro, no município de Bandeirantes houve apreensão de várias madeiras no assentamento Matão, quando houve aplicação de multa de R$ 35 mil contra o infrator. No dia 30, um infrator foi autuado em R$ 400 por poda radical de árvores, em Três Lagoas. No mesmo dia, um infrator foi multado em R$ 10 mil por degradação de mata ciliar, no município de Aquidauana.

Neste mês, além dessas duas infrações contra a flora praticadas por esse fazendeiro de Bonito, houve ainda uma autuação no dia 2, por incêndio de 16 hectares de vegetação no município de Nova Alvorada do Sul, quando foi aplicada multa de R$ 16 mil ao infrator.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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