Um grupo criminoso ligado ao PCC, formado por 21 pessoas, que atuava na região de sul do Estado foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, comércio e tráfico ilegal de armas de fogo, roubos, furtos e receptação, em decisão do juiz da Vara Criminal de Nova Andradina, José Henrique Kaster Franco.. As penas somadas chegam a quase 320 anos de prisão.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), a quadrilha foi desarticulada depois de investigação da Polícia Civil comandada pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Documentos, diálogos interceptados com autorização judicial e depoimentos comprovaram a existência da organização criminosa composta por 21 bandidos, e também foi identificada a função de cada acusado no esquema criminoso.
Chamou a atenção do juiz o nível de organização do grupo. Segundo consta na sentença, havia líderes imediatos que cuidavam do crime em cada setor da cidade, líderes responsáveis por fazer uso de violência para garantir as diretrizes do grupo, agentes encarregados da vinda de droga do exterior, agentes responsáveis pelo transporte da droga e outros responsáveis pelo depósito do entorpecente, agentes responsáveis pela distribuição do narcótico, responsáveis pelo fornecimento de armas de fogo e munições, responsáveis pela execução de crimes contra o patrimônio para levantar recursos para o crime e compra de mais drogas, agentes que mantinham pontos de venda de drogas e os responsáveis por cuidar dos valores obtidos com o crime.
Conforme a denúncia, o grupo tinha relação com a organização criminosa que atua dentro e fora dos presídios em vários estados do país e principalmente em São Paulo, que é próximo a Nova Andradina. O grupo atuava desde a região do Vale do Ivinhema até a fronteira com o Paraguai, de onde vinha a droga.
“Muitos crimes graves como homicídios, roubos, sequestros foram atribuídos ao grupo. Controlaram o tráfico de drogas e de armas de fogo com manutenção de pontos de vendas de drogas espalhados pela cidade e fornecimento de armas para crimes contra o patrimônio”, disse o juiz.
Dos 21 condenados, 20 receberam penas em regime fechado e um foi condenado a regime inicial semiaberto.