A operação da força-tarefa da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), com apoio do Exército, aconteceu hoje em três fazendas no município de Caarapó. Nas propriedades Novilho 1 e 2 e Gauchinha, 200 integrantes do grupo especial formado cumpriu 14 mandados de busca e apreensão.
A região passa por intenso conflito de terras e as fazendas fazem divisa com a aldeia indígena Tey I'Kue, habitada por pelo menos 6 mil pessoas.
A Sejusp confirmou que foram apreendidos nas três propriedades rurais dois simulacros de arma de fogo, sete estojos de munição calibre 12, uma calibre .38 e outra calibre .24, todas deflagradas, e ainda um coldre policial. Este último objeto seria de um dos policiais que foram feitos reféns ano passado, durante invasão à fazenda Novilho. No mesmo local, um índio de 33 anos foi morto no dia 4 de dezembro de 2016.
Para conseguir deflagrar a operação, foram precisos 40 dias de ações de inteligência e levantamentos operacionais das áreas. No domingo (23), integrantes da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada do Exército e das Polícias Militar, Civil, Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e Bombeiros foram para a região para estruturarem a saturação, denominada Caarapó I.
Os mandados também tinham o objetivo além de encontrar armas, recuperar veículos roubados e furtados, e materiais que desapareceram das fazendas durante invasões realizadas em 2016. Não foi confirmado se todos os objetos que eram procurados estavam nas fazendas.
O coronel Ary Carlos Barbosa, superintendente de Segurança Pública da Sejusp; e delegado Antônio Carlos Costa Mayer, superintendente de Inteligência da secretaria, coordenaram a operação.
Não foi divulgado a prisão de suspeitos. Segundo o coronel Ary Carlos Barbosa, o clima de insegurança em Caarapó era grande por conta da tensão ocasionada em virtude das invasões.
“O planejamento operacional idealizado para o desdobramento dessa operação visou trazer uma maior sensação de segurança aos munícipes carapoenses", defendeu.