Cidades

EDUCAÇÃO

A+ A-

HU de Dourados recebe verba federal
insuficiente para concluir obras

Ministro da Educação veio a MS para anunciar a liberação parcial de recursos

IZABELA JORNADA E LUCIA MOREL

21/08/2017 - 16h30
Continue lendo...

Investimentos federais advindos do Ministério da Educação para Mato Grosso do Sul devem totalizar R$ 58,7 milhões, revelou o ministro José Mendonça Bezerra Filho, que está em visita no Estado.

Os recursos são para o programa  do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), além de dinheiro usado em obras em escola municipal na Capital em unidade técnica em Dourados e na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Desse valor de R$ 58,7 milhões, R$ 34 milhões serão para a ampliação do Hospital Universitário de Dourados. Apesar disso, o montante ainda não será suficiente para concluir a obra e será preciso mais R$ 16 milhões, que não estão garantidos.

O ministro da educação primeiro veio à Capital para participar da fundação, instalação e posse do Conselho de Reitores das Instituições de Ensino Superior de Mato Grosso do Sul (Crie) e também assinou a liberação dos recursos.

Além dos R$ 38 milhões, outros valores serão liberados pelo governo federal. "Vamos angariar recursos para terminar as outras obras inacabadas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que totalizam mais de R$ 27 milhões", disse o reitor da UFMS, Marcelo Turine.

A visita de Mendonça Filho foi para atender uma negociação feita pelo senador Pedro Chaves (PSC) que envolvia a presença dele no Estado.

O ministro ainda participou da inauguração simbólica do Laboratório de Tecnologia e Processamento de Carne (Labcarne) e da ampliação do refeitório da UFMS, bem como do Centro Técnico de Professores de Campo Grande, também na UFMS.

"Acabamos de autorizar valores que serão destinados à Universidade Federal do MS, e o reitor já elencou as prioridades, pois faltam oito obras para serem finalizadas", disse o ministro.

Ainda na Capital, o ministro participou da inauguração do Centro de Educação Infantil (Ceinf) do bairro Tijuca II. Logo após o almoço, em Dourados, Mendonça Filho vai à inauguração de obras no Hospital Universitário daquela cidade.

Entre as obras está a criação do Hospital da Criança e a aquisição de novos equipamentos. Além dos R$ 33 milhões, a conclusão da obra no HU de Dourados ainda depende de mais R$17 milhões, que precisam ser angariados.

PAR

A presença do ministro no Estado também serviu para tratativas do governo do Estado em ampliar parceria para o Plano de Ações Articuladas (PAR). A proposta envolve implantação das escolas em tempo integral.

"Pedimos a ampliação. Temos dez escolas de tempo integral e queremos mais", disse o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que participou da agenda. O ministro não deu posicionamento sobre a possibilidade de ampliação.

Como em Dourados a Escola Técnica Profissionalizante, que disponibilizará 1,2 mil vagas, teve recursos da União, o Mendonça Filho fará inauguração hoje. "Essa escola também tem recursos do MEC (Ministério da Educação) e com a inauguração vamos agregar empregos para o Estado", opinou o governador.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

Continue Lendo...

A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

Assine o Correio do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).