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Idosa mostra onde acolheu José Rico em Dourados

O músico se hospedava na casa da moradora sempre que viajava à cidade, nos anos 60

Douranews

04/03/2015 - 08h17
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“Já até rezei por ele hoje, pedindo que tenha um bom descanso e que possa encontrar a morada que merece”. Assim a idosa Marta Gamarra Perrupato, 90 anos de idade, resumiu o sentimento que guarda dos tempos em que hospedou, em um quarto improvisado no corredor da casa dela, o cantor José Rico, no final dos anos 60.

A moradora ainda mantém em sua casa o quartinho onde o cantor ‘parava’ sempre que viajava a Dourados. “Quando ele não tinha dinheiro, vinha aqui, eu preparava uma sopa de arroz, carne e batatinha e dava pra comer; ele ficava deitado ali [mostra a sombra de uma árvore nos fundos do quintal] até que eu o chamasse com a sopa pronta”, relata a mulher.

Pernambucano, José Rico chegou pobre na cidade, proveniente do interior do Paraná. "Ele ficava na barbearia do meu velho, ajudava a varrer o chão, cantava algumas músicas para as pessoas, e depois o meu velho pagava alguma coisa pra ele comer. Eles construíram uma amizade muito forte", relembra a viúva referindo ao marido, já falecido, João Armando Perrupato. A famosa barbearia de Perrupato funcionou durante muitos anos onde hoje está localizada a franquia dos sorvetes Chiquinho, na esquina da avenida Marcelino Pires com a rua Firmino Vieira de Matos.

Parceiro do cantor Milionário, com quem formou uma das duplas mais famosas do Brasil, José Rico Alves dos Santos morreu na tarde desta terça-feira (3), aos 68 anos de idade, no hospital de Americana, no interior paulista, onde se submetia a tratamento de complicações renais.

“Bem que vi mesmo, da última vez que apareceram na televisão, ele aparentava estar muito inchado”, comenta Marta Perrupato, que recebeu o Douranews na casa dela, na esquina das ruas Pedro Celestino com Oliveira Marques, onde ajudou a cuidar do filho Adão, que José Rico teve na cidade com uma mulher identificada como Geralda [‘ela era de Bela Vista’, relembra a viúva], mostrando lucidez no raciocínio.

Os últimos 30 reais
Marta Perrupato diz que não guarda mágoa, nem ressentimentos, pelo fato de, depois de atingirem o auge da fama [a dupla vendeu mais de 35 milhões de exemplares dos 29 discos gravados desde 1973 e ainda produziu dois filmes - “Na Estrada da Vida”, em 1980, e “Sonhei com Você”, de 1988], o marido que patrocinou o primeiro disco não ter tido o reconhecimento. Em dezembro de 2013 [‘completou um ano dia 2 de dezembro que passou’, recorda a mulher], eu recebi uns 30 reais, foi a última participação do que eles chamam de direitos autorais; depois disso, nunca mais”, comenta a mulher, procurando disfarçar a realidade.

A viúva de João Armando, morto há cerca de dez anos, lembra do esforço do marido para ajudar a dupla no começo da carreira. Perrupato juntou as economias da época, junto com Salvador Pinheiro, um conhecido empresário de cantores sertanejos da região, e foram para São Paulo para gravar o primeiro LP de Milionário e José Rico, em 1973, pela gravadora Califórnia. José, apesar de ter nascido em Pernambuco, foi criado em Terra Rica, no Paraná, desde os dois anos de idade, por isso adotou o nome de ‘Rico’, em alusão à cidade onde viveu. O apelido, que foi inventado por um padre ainda na infância, foi registrado em cartório anos mais tarde, segundo relato histórico.

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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