Cidades

adolescente e crianças

Homens ligados à célula religiosa
são suspeitos de estupro

Polícia prendeu duas pessoas e procura outras vítimas

RODOLFO CÉSAR

24/12/2016 - 16h20
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Crianças e adolescentes em Coxim podem ter sido estupradas por líder religioso e discípulo. O número de vítimas que a Polícia Civil tem até agora é cinco. Os dois homens foram presos na sexta-feira (23) depois de expedição de mandado de prisão temporária.

A Delegacia de Atendimento a Mulher (DAM) e a 1ª Delegacia de Polícia Civil conduzem a investigação sobre o caso. O discípulo foi preso no bairro Vila Bela, em Coxim, enquanto o líder estava em São Borja (RS).

A primeira denúncia aconteceu na segunda-feira (19), divulgou o site Edição MS. A delegada Sandra Regina Simão de Brito, que conduz o inquérito, foi informada por uma mulher que seus quatro filhos, um adolescente de 18 anos, uma menina de 5 anos e dois meninos, de 3 e 1 ano, tinham relatado o estupro.

Os suspeitos moraram na casa dessa mãe por um período, depois de pedirem abrigo. A mulher explicou que aceitou o pedido porque eles eram da igreja que ela frequenta. 

Quem primeiro comentou sobre os abusos foi o jovem de 18 anos. Na madrugada do domingo (18), ele disse à mãe que não aguentava mais apanhar dos dois. Os crimes teriam durado ao menos três anos, antes de a dupla mudar-se para a casa da família.

O Edição MS informou que exame de corpo de delito feito nos jovens comprovou que os quatro irmãos foram abusados sexualmente.

Durante a apuração, outra mãe conversou com a delegada para relatar que seu filho adolescente de 15 anos também denunciou a prática de atos obscenos que os dois o obrigaram a praticar.

PURIFICAÇÃO

A delegada a frente das investigações relatou que os suspeitos diziam às vítimas que para purificá-las precisam participar de atos sexuais. Enquanto isso, afirmavam se contassem aos pais o que tinha acontecido elas sofreriam maldições, como acidentes.

O discípulo prestou depoimento ontem na 1ª DP e está detido no Estabelecimento Penal Masculino de Coxim. O líder ainda estaria no Rio Grande do Sul.

Os policiais civis procuram possíveis outras vítimas. Sandra Regina Simão de Brito pediu que mães que tenham alguma suspeita procurem a Polícia Civil para prestar informações.

Cidades

Aneel aprova ajuste no cadastro da Tarifa Social de Energia Elétrica

A resolução aprovada nesta terça-feira (9), visa regularizar o cadastro de consumidores

09/12/2025 19h00

Crédito: Fernando Frazão / Agência Brasil

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 9, uma resolução visando regularizar os cadastros de consumidores elegíveis para a gratuidade no pagamento da tarifa de energia, no âmbito da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE).

O órgão regulador quer a correspondência entre o CPF do titular do benefício e o dado registrado no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

A mudança de endereço das famílias também está no radar. Há casos em que a unidade consumidora está fixada em determinado endereço, mas as informações no CadÚnico apontam para outro município.

A norma aprovada nesta terça visa evitar esses casos. Foi decidido que as distribuidoras devem encaminhar relatórios trimestrais da evolução da regularidade cadastral dos consumidores de baixa renda.

Os técnicos da Aneel deverão elaborar e apresentar em 2026 à diretoria uma análise sobre os impactos regulatórios e a diligência das distribuidoras na regularização da titularidade e do endereço das famílias beneficiadas com a TSEE

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE) e algumas distribuidoras pediram a exclusão da correspondência entre endereço da instalação, CadÚnico e Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Foi argumentado que haverá eventual exclusão de famílias que não conseguirem regularizar seu cadastro, por exemplo. A associação solicitou a criação de regra de transição de médio prazo.

A diretora e relatora, Agnes da Costa, apontou que está em curso na Controladoria-Geral da União (CGU) uma avaliação sobre a efetividade da política da TSEE nos exercícios de 2022 e 2023.

No relatório de avaliação preliminar, com previsão para conclusão em janeiro de 2026, a CGU já teria sinalizado que a falta de controle na identificação dos beneficiários acaba permitindo a concessão do benefício a pessoas não elegíveis.

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Cidades

Juiz nega prisão de suspeito de injúria racial contra delegada de Dourados

Fato ocorreu por meio de uma rede social enquanto Thays Bessa prestava esclarecimentos em uma transmissão ao vivo

09/12/2025 18h45

Foto: Reprodução / Redes Sociais

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A Justiça negou o pedido de prisão preventiva de um homem suspeito de cometer injúria racial contra a delegada Thays do Carmo Oliveira de Bessa, adjunta da Depac de Dourados, há dois meses. A decisão, assinada em 6 de dezembro, considerou que não há elementos concretos que justifiquem a medida extrema, nem risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.

Embora o Ministério Público tenha se manifestado favoravelmente, o juiz Caio Márcio de Britto entendeu que não havia demonstração concreta de que o investigado que reside em Minas Gerais pudesse interferir nas provas, fugir ou gerar risco processual.

O caso ocorreu em 2 de outubro de 2025, durante uma transmissão ao vivo da página Folha de Dourados no Facebook. Na ocasião, a delegada concedia entrevista sobre investigações em andamento quando um usuário publicou um comentário ofensivo, supostamente em alusão ao fato dela ser negra, conduta que, em tese, configura o crime de injúria racial previsto no artigo 2º-A da Lei 7.716/89.

Conforme a apuração, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva e pela expedição de mandados de busca e apreensão em endereços do suspeito, além do afastamento de sigilo telemático.

Segundo a decisão, boletins de ocorrência antigos, não possuem lastro judicial e não são suficientes para justificar a segregação cautelar. O magistrado ressaltou ainda que o fato já estava documentado nos autos e que o comentário publicado e depois retirado da rede social não depende de novas diligências invasivas para comprovação.

O juiz também rejeitou os pedidos de busca e apreensão, afirmando que não havia indícios de que computadores ou celulares armazenassem provas relevantes além das já disponíveis. Para ele, a medida configuraria uma “fishing expedition”, uma investigação especulativa e sem causa provável.

Saiba*

A delegada, que atua em Dourados, a cerca de 231 quilômetros de Campo Grande, foi alvo do comentário preconceituoso aproximadamente oito horas após a veiculação de um vídeo em formato quebra-queixo pelo portal Folha de Dourados. Com a decisão, o investigado permanece em liberdade enquanto o inquérito segue em andamento.

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