Anderson Escobar da Silva, de 28 anos, foi assassinado com tiro no peito na noite de ontem, dentro do barraco onde vivia no Bairro José Teruel Filho, aos fundos do Parque Lageado, em Campo Grande. O namorado, com quem Anderson brigava constantemente, é suspeito.
Segundo boletim de ocorrência, moradores ouviram o som de um estampido abafado por volta das 23h50 e, ao verificar o ocorrido, encontraram Anderson ferido atrás da porta do barraco de lona. Ele foi colocado sobre a cama enquanto o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se deslocava.
Chegando ao local, o médico socorrista constatou que o homem já estava morto. De acordo com a perícia, o projétil se alojou no corpo dele, o que pode ter agravado a situação. Testemunha afirmou que depois de ter ouvido o som do disparo, viu um desconhecido fugindo às pressas por uma rua escura, de bicicleta.
Irmãs de Anderson disseram ao delegado Hoffman D'Ávila Cândido e Souza, plantonista da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) da Vila Piratininga que colhia informações no local do crime, que um homem identificado apenas como Wesley seria suspeito. Ele mantinha relacionamento com Anderson e ambos brigavam constantemente. O caso é investigado.
Noite violenta
Esta foi a segunda morte da noite de ontem. Cunhados que tomavam bebida alcoólica em residência que fica na Rua Janaina Chacha de Melo, no Caiobá, desentenderam-se e houve briga. Um deles estava armado e deu uma facada no pescoço do outro. Houve também disparo de arma de fogo que atingiu a nuca de Wellington Pontes Gonçalves, 35 anos, que morreu na hora.
Os Bombeiros socorreram Ataíde Ortis Gavilan, 49 anos, em estado gravíssimo para a Santa Casa da Capital. Ele sofreu um corte profundo na garganta e tinha perdido muito sangue. Ademir Duran, 49 anos, autor dos disparos e da facada, foi preso por equipe do 1º Batalhão da Polícia Militar. Visivelmente alterado, mesmo dentro da viatura ele se debatia muito e estava completamente inquieto.
Testemunhas e familiares dos cunhados explicaram à Polícia Militar que os homens estavam bebendo desde o começo da tarde em casa. Eles não tinham desavenças, mas pouco antes das 19h desentenderam-se por motivos ainda a serem apurados.
Ademir pegou uma faca e atingiu o cunhado na garganta. Logo depois, passou a realizar disparos e saiu da residência onde ambos estavam com outras pessoas.Wellington, que conhecia ambos, ouviu tiros e saiu de casa. Foi perguntar a Ademir o que tinha acontecido e se precisva de ajuda. Sem dar tempo de explicação, o homem com revólver calibre .32 atirou e a bala atingiu a nuca de Wellington, que morreu no meio da rua.