Cidades

Noite violenta

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Homem é morto com tiro no peito
em barraco e namorado é suspeito

Horas antes, um homem foi assassinado e outro esfaqueado no Caiobá

RENAN NUCCI

24/10/2017 - 06h29
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Anderson Escobar da Silva, de 28 anos, foi assassinado com tiro no peito na noite de ontem, dentro do barraco onde vivia no Bairro José Teruel Filho, aos fundos do Parque Lageado, em Campo Grande. O namorado, com quem Anderson brigava constantemente, é suspeito.

Segundo boletim de ocorrência, moradores ouviram o som de um estampido abafado por volta das 23h50 e, ao verificar o ocorrido, encontraram Anderson ferido atrás da porta do barraco de lona. Ele foi colocado sobre a cama enquanto o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se deslocava.

Chegando ao local, o médico socorrista constatou que o homem já estava morto. De acordo com a perícia, o projétil se alojou no corpo dele, o que pode ter agravado a situação. Testemunha afirmou que depois de ter ouvido o som do disparo, viu um desconhecido fugindo às pressas por uma rua escura, de bicicleta.

Irmãs de Anderson disseram ao delegado Hoffman D'Ávila Cândido e Souza, plantonista da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) da Vila Piratininga que colhia informações no local do crime, que um homem identificado apenas como Wesley seria suspeito. Ele mantinha relacionamento com Anderson e ambos brigavam constantemente. O caso é investigado.


Noite violenta

Esta foi a segunda morte da noite de ontem. Cunhados que tomavam bebida alcoólica em residência que fica na Rua Janaina Chacha de Melo, no Caiobá, desentenderam-se e houve briga. Um deles estava armado e deu uma facada no pescoço do outro. Houve também disparo de arma de fogo que atingiu a nuca de Wellington Pontes Gonçalves, 35 anos, que morreu na hora.

Os Bombeiros socorreram Ataíde Ortis Gavilan, 49 anos, em estado gravíssimo para a Santa Casa da Capital. Ele sofreu um corte profundo na garganta e tinha perdido muito sangue. Ademir Duran, 49 anos, autor dos disparos e da facada, foi preso por equipe do 1º Batalhão da Polícia Militar. Visivelmente alterado, mesmo dentro da viatura ele se debatia muito e estava completamente inquieto.

Testemunhas e familiares dos cunhados explicaram à Polícia Militar que os homens estavam bebendo desde o começo da tarde em casa. Eles não tinham desavenças, mas pouco antes das 19h desentenderam-se por motivos ainda a serem apurados. 

Ademir pegou uma faca e atingiu o cunhado na garganta. Logo depois, passou a realizar disparos e saiu da residência onde ambos estavam com outras pessoas.Wellington, que conhecia ambos, ouviu tiros e saiu de casa. Foi perguntar a Ademir o que tinha acontecido e se precisva de ajuda. Sem dar tempo de explicação, o homem com revólver calibre .32 atirou e a bala atingiu a nuca de Wellington, que morreu no meio da rua.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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