Ronan Edson Feitosa de Lima, que responde a processo de corrupção passiva com o prefeito afastado Gilmar Olarte e Luiz Márcio dos Santos Feliciano, conseguiu escapar de determinação judicial para ser preso.
Ontem (31), o desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva determinou a prisão de Ronan, mas em cumprimento ao mandado, oficial de Justiça informou que o acusado não foi localizado. O endereço que ele tinha informado ao judiciário era no bairro Tiradentes.
O advogado que o defendia foi destituído e informou à Justiça que a última vez que houve contato com o réu foi em 18 de julho deste ano.
Devido aos rumos do processo, o desembargador relator da ação determinou que Luiz Márcio dos Santos Feliciano apresente alegações finais no prazo de 15 dias.
Gilmar Olarte, outro acusado, está preso no Presídio de Trânsito de Campo Grande e na terça-feira (30) apresentou suas alegações finais. A defesa sustentou que a acusação trata-se de uma farsa.
DENÚNCIA
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) fez investigação contra Olarte, Ronan Feitosa e Luiz Márcio. Os três foram acusados de formação de quadrilha e se utilizarem de influência política para obterem cheques em branco assinados e o descontarem com agiotas.
As folhas eram obtidas mediante promessa de ajuda política, empregos futuros e participação na administração municipal de Campo Grande com a posse de Gilmar Olarte, que até então era vice-prefeito.
Ronan trabalhava como assessor de Olarte no esquema, segundo o Ministério Público Estadual. Luiz Márcio estava ligado ao prefeito afastado por pertencer a mesma igreja.
Os crimes cometidos pelos investigados, segundo o Ministério Público, foram corrupção passiva (Gilmar Olarte e Ronan Feitosa) e lavagem de dinheiro (Gilmar Olarte e Luiz Márcio).