Enfermeiro, identificado como Gabriel, que havia sido denunciado por tentativa de assassinato, depois de, supostamente, ter dado ''chilique'' por causa de maneira como carro estava estacionado, disse ter reagido depois de sofrer espancamento. O incidente ocorreu no dia 31 do mês passado, na Rua Dolírio Alves Rabelo, em Rochedo, e, diante da repercussão do caso na cidade, Gabriel e advogados procuraram a reportagem do Portal Correio do Estado e contaram outra versão.
O fato foi parar na polícia depois que um rapaz registrou Boletim de Ocorrência dizendo que estava na casa da namorada e havia estacionado o carro, perto da casa de Gabriel, mas não em frente da garagem. Momentos depois, Gabriel teria chegado em uma caminhonete F250 e, ao ver o carro parado próximo de sua casa, feito manobras de ''cavalo de pau'' e jogado pedras em pessoas que conversavam.
A vítima ainda teria dito: ''Eu te conheço. Porque está fazendo esse tipo de graça?". Em visível estado de embriaguez, Gabriel teria descido da caminhonete com facão, feito ameaças, inclusive a amigos, e fugido quando policiais militares chegaram ao local.
OUTRA VERSÃO
Diante da repercussão na cidade, Gabriel procurou a reportagem do Portal Correio do Estado para contar, segundo ele, o que não constou na primeira ocorrência policial sobre o fato: que foi espancado. O rapaz, que atua em Rochedo como enfermeiro disse que, na noite do episódio, tinha ido até a casa onde mora, juntamente com três amigos, sendo duas mulheres. Em determinado momento, os amigos teriam ''sumido da visão dele'', e, então, saiu na caminhonete para procurá-los.
A confusão ocorreu na volta. “O carro desse rapaz estava parado no meio da rua. Pedi para ele retirar, mas, junto com amigos, passaram a me zoar. Passei por um canto e foi quando espirrou pedras. Quando abria o portão da minha casa fui atacado por sete homens. Tive dentes quebrados e vários hematomas pelo corpo. Consegui desvencilhar da agressão, peguei uma faca que tinha na caminhonete e cortei a capota do carro de um deles. Fiz corpo de delito e tenho fotos dos ferimentos. Agi em defesa”, pontuou Gabriel.
O enfermeiro disse ter se apresentado à polícia dois dias depois para esclarecer a confusão e, no último dia 4, fez Boletim de Ocorrência por lesão corporal dolosa contra três rapazes, entre 20 e 27 anos. Gabriel ainda diz que vai processar as pessoas que registram ocorrência policial contra ele, omitindo algumas informações.