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Antônio João

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Durante velório, cacique
garante que indígenas
não deixarão fazendas

Semião morreu no último sábado depois de confronto entre índios e produtores

VÂNYA SANTOS E GILDO TAVARES, DE ANTÔNIO JOÃO

31/08/2015 - 13h05
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O cacique Guarani Kaiowá, Orestino Fernandes, de 52 anos, disse nesta segunda-feira (31), durante o velório de Semião Fernandes Vilhalva, 24 anos, que os indígenas não querem as benfeitorias das fazendas invadidas em Antônio João, no entanto, não abrem mão da terra de seus ancestrais. Ele garantiu que os índios não deixarão as propriedades rurais.

De acordo com o cacique Orestino, 3 mil índios ocupam cinco fazendas em Antônio João. Já a Fundação Nacional do Índio (Funai) afirma que são 1,2 mil indígenas na região.

Mariano Fernandes Vilhalva, 40 anos, irmão de Semião, contou que estava próximo ao Córrego Estrelinha, quando ouviu um disparo de arma de fogo e viu seu irmão despencar de uma altura de aproximadamente dois metros, em um barranco. Ele relatou que correu para socorrer Semião e se deparou com ele baleado no rosto.

O irmão da vítima contesta a versão do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) de que o indígena teria morrido há alguns dias. Mariano garante que encontrou o irmão ainda sangrando.

Equipe de reportagem do Correio do Estado esteve na sede da Fazenda Fronteira e também no Sindicato Rural de Antônio João, mas os produtores rurais não quiseram se pronunciar sobre o conflito.

RETOMADA

Os proprietários de pelo menos duas fazendas conseguiram voltar para as sedes das propriedades, mas os índios continuam nas terras, que agora conta com segurança da Força Nacional e do Exército.

As circunstâncias da morte de Semião ainda não foram esclarecidas, mas segundo o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e a Polícia Civil confirmaram que o indígena foi morto com um tiro na cabeça. Ele bebia água perto de um córrego, na Fazenda Barra, quando foi atingido.

Proprietários rurais, que negam que estavam armados durante o confronto, chegaram a afirmar que o corpo de Semião já estava na fazenda antes da reocupação liderada pelos ruralistas, no entanto, a informação é contestada pelo DOF.

Segundo o sargente Arguelho, da comunicação do DOF, o índio foi morto durante o confronto. “Esse índio pode ter sido morto pelos fazendeiros ou pelos próprios índios”, disse.

O corpo de Semião foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Porã. O caso continua sendo investigado.

Além de Semião, pelo menos mais 10 indígenas se feriram durante o confronto. Muitos deles, inclusive crianças e mulheres, estão com ferimentos de bala de borracha pelo corpo.
 

Velório de Semião acontece nesta segunda-feira (31). (Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado)

OCUPAÇÃO

Depois da reocupação liderada pelos produtores rurais no início da tarde de sábado, os indígenas saíram da sede das Fazendas Fronteira e Barra. Todos os produtores rurais da região se concentram nessas duas propriedades e não mais na estrada, como estava a situação até ontem.

Os indígenas continuam nas terras ocupadas, no entanto, no caso das Fazendas Barra e Fronteira, eles estão fora da sede. Entre os índios e os produtores rurais está a Força Nacional de Segurança, que chegou ontem em Antônio João.

O Exército também chegou na região e fez inspeções para avaliar onde será montada a base de segurança. Os militares ainda não fazem patrulhamento na região.

Além do DOF e da Força Nacional, equipes da Polícia Rodoviária Federal também contribui par evitar novos conflitos.

ÁREA

Há 10 anos, em 2005, o Governo Federal homologou parte das propriedades rurais da cidade como terra indígena. A partir daí, houve série de cobranças por parte dos índios para que a área fosse demarcada, no entanto, nada foi feito.

No final da semana passada, indígenas invadiram fazendas e fizeram famílias de produtores reféns. Na quarta-feira (26), o clima ficou ainda mais tenso e produtores rurais bloquearam estradas que dão acesso à cidade em forma de protesto. As rodovias foram liberadas durante a noite.

No dia seguinte, a situação era menos tensa na região, mas a invasão continuava e policiais do DOF fizeram a segurança para evitar confrontos entre indígenas e fazendeiros.

"Vacina no braço"

Casos de Síndrome Aguda Respiratoria Grave aumentam em Campo Grande

Conforme o boletim da InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (18) os casos de síndrome gripais aumentaram na Capital; a recomendação é que os grupos prioritários tomem vacina

18/04/2024 18h15

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Campo Grande está entre outras 19 Capitais que apresentaram aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (18), pela Fiocruz. 

 O relatório apontou que aumentou o número de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de Influenza A (vírus da gripe) e o vírus respiratório (VSR).

"Na presente atualização observa-se que 19 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 15: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP)", indica o relatório.

Divulgação InfoGripe

A Covid-19 segue em queda e em alguns Estados permanece em níveis baixos de incidência. Os dados apontam que a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave, de Influenza A e o vírus respiratório para as próximas semanas em 19 Estados e Mato Grosso do Sul pode apresentar aumento nas próximas semanas. 

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Segundo o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, para impedir o crescimento dos casos o público alvo deve procurar a unidade de saúde mais próxima e tomar a vacina contra a influenza. 

“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental. Em relação ao VSR, a rede privada tem uma vacina já disponível para idosos, que também é muito importante, já que embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos”, explica Marcelo Gomes.

A recomendação do pesquisador para pessoas que apresentem sintomas gripais usem máscara de qualidade as recomendadas são: N95, KN95, PFF2; no caso de sair de casa para procurar atendimento médico em unidades de saúde. 

Veja outros Estados com tendência de aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave:

  •  Acre;
  • Alagoas;
  • Amazonas;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Distrito Federal;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Minas Gerais;
  • Pará;
  • Paraíba;
  • Paraná;
  •  Pernambuco;
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul;
  • Rio de Janeiro;
  • Santa Catarina;
  • Sergipe;
  • São Paulo;
  • Tocantins;

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em decorrência da Covid-19 apresenta queda. 

No país

Somente em 2024, óbitos ligados a SRAG foram registrados  2.322 óbitos, sendo 1.411 (60,8%)
com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 728 (31,4%) negativos, e ao
menos 78 (3,4%) aguardam resultado.

Casos positivos

  • 12,3% Influenza A;
  •  0,1% Influenza B;
  •  3,1% vírus sincicialrespiratório (VSR);
  •  81,7% SARS-CoV-2 (COVID-19);

 

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Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 17h50

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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