O presidente da Câmara Municipal, vereador Mario Cesar (PMDB) explicou que a crise entre o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP) e a Câmara Municipal foi desencadeada pela falta de planejamento e organização da atual administração, que buscou resolver com a emoção problemas advindos da gestão de Alcides Bernal (PP). A reforma do secretariado municipal também foi criticada pelo peemedebista que não vê com bons olhos as mudanças feitas pelo gestor municipal.
“É hora de ele parar, fazer planejamentos, chamar base aliada e base não aliada e agregar valores políticos e técnicos na administração dele”, aconselhou Mario Cesar que continuou: “Essas medidas que ele já está tomando não podem ser feitas na base do achismo. Ah! eu acho que esse é melhor do que o outro ou ah! esse é meu amigo. Não pode ser assim. Tem que ter estratégia, planejamento”, pontuou o peemedebista que, ainda, criticou o inchaço da máquina administrativa.
“É muito cargo comissionado. Isso prejudica a administração. Não adianta montar equipe com várias pessoas que não atendem a demanda”, disse o presidente da Casa de Leis que também desaprovou a atitude do prefeito em exonerar servidores para depois readmiti-los. “De que adianta isso?”, observou.
Indagado sobre onde estaria a causa do conflito do prefeito com a Câmara, Mario Cesar explicou que Olarte tentou arrumar de uma só vez todas as desordens administrativas e financeiras promovidas por Bernal, e isso, segundo ele, trouxe consequências ruins como a greve dos Professores da Rede Municipal de Ensino (Reme). “Olarte vendeu muita esperança, até mesmo pela sua maneira otimista de ser”, comentou o peemedebista que viu no entusiasmo do atual gestor a falta de estratégia tão necessária para impedir adversidades futuras.
A reportagem, de Tavane Ferraresi, está na edição de hoje (25) do jornal Correio do Estado.