Cidades

Campo Grande

Contrato de locação que custa R$ 120 mil por mês ao Estado é descumprido

Das 10 viaturas locadas há 1 ano e três meses, quatro são para o Choque

ALINY MARY DIAS

09/01/2017 - 09h27
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Realidade para a Polícia Militar do Estado há 1 ano e três meses, a locação de 10 viaturas ao custo mensal de R$ 12 mil cada veículo - R$ 120 mil por mês no total - não tem sido uma boa experiência na avaliação de quem depende dos carros para trabalhar. O motivo seria descumprimento do contrato por parte de uma das empresas que venceram a licitação.

Das 10 viaturas locadas em outubro de 2015, quatro foram destinadas ao Batalhão de Choque da Polícia Militar. A reportagem apurou que desses veículos, praticamente todo o mês dois ou três precisam ser levados para oficinas por problemas mecânicos ou acidentes em que as equipes se envolvem durante o trabalho.

Pelo contrato assinado na época pelo titular da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Silvio Maluf e por representante da Empresa de Transportes Apoteose Ltda – que venceu a licitação ao lado da empresa H Lobo – a contratada deve substituir as viaturas que estão fora de operação em um prazo máximo de 24 horas.

No entanto, segundo relatos de policiais e funcionários das oficinas onde os veículos são consertados, o batalhão fica dias e até semanas sem as viaturas. Nesta semana, por exemplo, dos quatro veículos do Choque, dois estão sendo consertados. Houve casos, segundo apurou a reportagem, em que o batalhão operou com apenas uma viatura.

O Portal Correio do Estado falou com representante da empresa responsável pela locação e segundo ele, apenas uma viatura fica de reserva para substituir veículos com problemas.

No entanto, no contrato assinado há 1 ano e três meses consta que a empresa deveria “manter em suas dependências veículos suficientes para a substituição ora mencionada”, sem detalhar, portanto, que seria apenas um veículo para cada 10 viaturas, como defende a empresa.

Ainda segundo a contratada, em casos de sinistro como fundição de motor, por exemplo, não há prazo definido para conserto do veículo. A empresa afirma que nesta semana, duas viaturas que estão em oficinas serão devolvidas ao Choque.

A reportagem entrou em contato com a Sejusp para detalhes sobre a denúncia de descumprimento do contrato, e foi informada de que a própria PM possui veículos reservas para atendimento de ocorrências. "Não necessariamente com o grafismo do Choque, mas que podem ser utilizadas caso houver necessidade", informou. 

CONFUSÃO

Em outubro passado, quando o contrato de locação estava prestes a vencer, o secretário de segurança do Estado, José Carlos Barbosa, afirmou à reportagem que a experiência da locação não tinha dado certo e que o Estado trocaria o aluguel por compra de veículos.

No dia seguinte, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) desmentiu o secretário afirmando que apesar dos custos serem altos, a locação continuaria e que a previsão era que mais 100 veículos fossem alugados pelo Estado.

Dias depois, a validade do contrato foi prorrogada por mais dois meses e no dia 15 passado o Estado renovou o contrato por mais um ano, sendo assim, as 10 viaturas continuarão locadas até dezembro de 2017.

*Matéria editada às 10h30 para atualização de informação. 

Fórum Criminal

Adriane doa terreno de R$ 13,4 milhões ao Tribunal de Justiça

Imóvel, de 5,5 mil metros quadrados, está localizado na esquina da rua Barão do Rio Branco com a Bahia, onde funciona o Batalhão de Trânsito

17/12/2025 19h00

Polícia de Trânsito será

Polícia de Trânsito será "despejada" do endereço onde funciona há cerca de duas décadas para dar lugar ao Fórum Criminal Gerson Oliveira

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A prefeitura de Campo Grande oficializou nesta quarta-feira (17) a doação de um terreno de 5,59 mil metros quadrados, avaliado em R$ 13.489.788,28, para o Governo do Estado. No local, esquina das ruas Barão do Rio Branco com a Bahia, será construído o Fórum Criminal. 

No terreno que ainda pertencia à prefeitura funciona, há cerca de duas décadas, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, que terá de ser transferido para novo endereço assim que as obras começarem, possivelmente no próximo ano. O novo local ainda não foi definido.

O terreno, onde até o final do século passado estava instalado o Dersul (Agesul), tem 12,22 mil metros quadrados. E como somente parte foi doada, os orgãos da saúde municipal e estadual continuarão no mesmo endereço. 

A aprovação da doação terreno ocorreu no último dia 10, em meio à resistência de parte dos vereadores, já que entendiam que a prefeitura, em crise financeira, deveria vender o imóvel. Porém, a proposta da prefeita Adriane Lopes acabou obtendo o número de votos necessário para a doação.  

Conforme a previsão do Tribunal de Justiça, para o novo prédio serão transferidas as seis varas criminais e as duas do tribunal do júri. Entre as propostas está a construção de auditórios maiores para acomodar a platéia durante estes julgamentos. 

Até a conclusão da obra serão necessários em torno de R$ 100 milhões. Porém, no orçamento do próximo ano o Tribunal de Justiça destinou apenas R$ 1.635.000,00, valor que deve ser suficiente apenas para bancar os trabalhos iniciais de elaboração do projeto executivo do novo prédio, a não ser que o Executivo banque os custos da construção. 

A prioridade do TJ,  por enquanto, é a construção do anexo e refeitório do prédio do gabinete dos desembargadores. Para este projeto estão sendo destinados R$ 8,9 milhões na proposta orçamentária do próximo ano do TJMS.

Um dos argumentos utilizados pelo presidente do Tribunal,  Dorival Renato Pavan, é de que o prédio atual do fórum de Campo Grande, inaugurado no final de 2022, ficou pequeno para abrigar juízes, servidores, advogados e usuários dos serviços do Judiciário. 

Além disso, argumenta o magistrado, é necessário separar as varas cíveis das criminais para garantir maior seguranças às milhares de pessoas que diariamente entram e saem do prédio. 

Para aliviar esta suposta superlotação, já está sendo construído  o Fórum da Mulher, da Criança e do Idoso, ao lado da Casa da Mulher Brasileira, nas imediações do aeroporto internacional de Campo Grande. O investimento inicial é de R$ 10 milhões.

A construção do fórum atual se arrastou ao longo de nove anos, com alguns períodos de interrupção total  dos trabalhos. Ele tem 21,7 mil metros quadrados de área construída substituiu o fórum que antes funcionava na Fernando Corrêa da Costa. 

Conforme a previsão, o novo prédio terá menos da metade do tamano, da ordem de 11 mil metros quadrados. Porém, também não sairá do papel de um dia para o outro. A previsão é de que a obra se arraste por até cinco anos, se houver disponibilidade de recursos. 
 

Cidades

Em meio a greve, vereador sugere regulamentação de vans como transporte coletivo

Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a proposta que prevê as vans como uma alternativa para a população

17/12/2025 18h55

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

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Diante do paralisação dos ônibus que Campo Grande vive nos últimos dias, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul determinou a intervenção da Prefeitura Municipal na gestão do Consórcio Guaicurus. Com esse cenário, o vereador Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a regulamentação do uso de vans como alternativa de transporte. 

"Campo Grande não pode parar. Uma capital desse porte não pode ficar sem transporte coletivo nem por um único dia. O transporte de vans é uma alternativa que é sugerida com recorrência. E, agora, diante da emergência da greve, uma solução provisória para milhares de passageiros que dependem do ônibus, mas que não contam com o serviço neste momento", destacou o parlamentar.

Para o vereador, a medida judicial confirma que a crise no sistema não é pontual, mas resultado de falhas graves e recorrentes. 

"O que foi decidido mostra que o problema é estrutural e exige providências imediatas. A população não pode continuar sendo penalizada. Quando não é pelo alto preço da passagem ou pela má qualidade dos ônibus, o Consórcio provoca situações como uma greve. Além disso, de maneira recorrente, acusa a Prefeitura pelo não pagamento de repasses, mesmo quando a Prefeitura promove a isenção de impostos ou efetua o repasse. Sem falar no descaso com os próprios trabalhadores do Consórcio que alegam estar sem pagamento", afirmou.

Decisão da Justiça

A decisão determina que, em até 30 dias, o Município instaure um processo administrativo de intervenção no contrato com o Consórcio, além de nomear um interventor e apresentar um plano de ação com cronograma para a regularização da situação do Transporte Urbano, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. 

A Tutela de Urgência foi deferida pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, na ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Luso Queiroz (PT) em desfavor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), Consórcio Guaicurus SA e Município de Campo Grande. 

Outra alternativa

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) reforçou que, para melhorar o serviço, é necessário pensar em novos modelos de transporte público, além de novas formas de gestão que possam garantir um sistema mais ágil e eficiente.

Para ele, a implementação do VLT (veículo leve sobre trilho) poderia aliviar o trânsito, diminuir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Ronilço sugeriu que o município busque novos recursos e parcerias para financiar melhorias no transporte coletivo, como a captação de investimentos por meio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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