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Carnaval reuniu 100 mil foliões em três pontos da Capital, segundo prefeitura

Dados contabilizaram público dos 3 pontos de festa montados na cidade durante 4 dias de evento

DA REDAÇÃO

18/02/2015 - 18h10
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O carnaval 2015 de Campo Grande (MS), realizado pela Prefeitura, reuniu cerca de 100 mil pessoas, somando o público dos três pontos de festa montados na cidade, nos quatro dias de evento, da noite de sábado (14) até esta terça-feira (17).

Todos os dias, o campo-grandensse lotou as Avenidas Alfredo Scaff, Fernando Correa da Costa e a Esplanada Ferroviária. Na passarela das escolas de Samba, ao lado da Praça do Papa, cerca de 15 mil pessoas foram somente ontem (17) ver as principais agremiações do grupo especial da Capital; no centro foram 10 mil foliões, no show de Axé; e na esplanada ferroviária, os blocos levaram ao menos cinco mil pessoas, a brincar o Carnaval no último dia da folia. Os números de ontem abrangeu a media do público em cada dia da festa, mostrando que a Cidade Morena tem bom Carnaval e está ampliando e ganhando tradição, como nos desfiles das agremiações, que este ano fizeram homenagens especiais a figuras históricas da Capital.

A área da Segurança Publica contou na Avenida Fernando Correa com 120 guardas municipais, 150 PMs (Policia Militar), além de 40 seguranças privada, com detector de metal, com portal coletivo na entrada e aparelho individual, no interior do espaço dos shows, que contou com quatro bandas se revezando nas quatro noites. Também tinham no local, oito agentes da Defesa Civil e um posto avançado do Samu. Na passarela do Samba, na Alfredo Scaf tinham 50 GMs, 50 PMs e 30 segurança privado. Na região dos blocos, na esplanada ferroviária, o contingente foi o mesmo. 

Escolas homenageiam figuras históricas da Capital

“O nosso desfile foi um espetáculo, nas apresentações, na nossa organização, em conjunto com a Lienca (Liga das Escolas de Samba) e participação do público, que somente nas arquibancadas que ampliamos este ano, 8 mil pessoas deram um show de animação, torcida por sua escola, respeito e reverencia com as demais que fizeram muito esforços para estar no desfile”, apontou Mauricio Scaff falando das agremiações que se superaram na passarela do samba, com homenagens a figuras históricas da própria Capital, como de outros lugares do Brasil.

A primeira escola a desfilar, com cerca de 450 integrantes, foi a Deixa Falar, do bairro Coophatrabalho, que teve como tema os “Contos, cantos e encantos da Bahia”. A comissão de frente trouxe os 12 orixás, a Iemanjá do Candomblé e o Exú. Com carro alegórico a Igreja Nosso Senhor do Bonfim, com baianas lavando a escadaria foi representada. Outros dois carros, teve São Jorge e Iemanjá da Umbanda, como uma homenagem ao escritor Jorge Amado. Também foram representadas figuras como Maria Machadão e Tieta. Nas alas, expressões culturais, como a capoeira, foram retratadas.

No segundo desfile, o tema “Lendas, mitos e mistérios”, fez a Vila Carvalho, com cerca de 600 integrantes, entrar confiante para buscar mais um titulo. A comissão de frente, formada por anjos, representava o paraíso, o Jardim do Éden, tema do primeiro carro. As alas, de fogo e água, que vieram na sequência, ajudaram a contar passagem bíblica, que muitos consideram uma “grande lenda universal”. Além dessa, outras foram abordadas. São Jorge foi o tema do segundo carro. O terceiro representava o Egito e seus mistérios, no mito de Osíris e dos faraós. O último tratava da lenda indígena do “povo de pele vermelha”. Teve a ala do baralho, dos signos do zodíaco, entre outras. Ciganas chamaram atenção e os integrantes com fantasias de luxo arrancaram aplausos. Representando Oxum, a Deusa do Ouro, um jovem vestia dourado dos pés à cabeça. Desfilou com uma saia rodada, bastante armada, e com um corpete cheio de pedrarias.

A Catedráticos do Samba, do bairro Silvia Regina, os carnavalescos fizeram uma homenagem à própria escola, com o tema “Trinta e sete anos de Catedráticos – Quando Deus quer o homem sonha e a obra nasce. Exaltações aos samba-enredos que fizeram sua história”. Foram cerca de 450 pessoas, que desfilaram, ajudaram a relembrar dos 10 últimos samba-enredos. O abre-alas trazia uma águia, símbolo da Catedráticos. O segundo carro foi em homenagem a Delinha, que não pode ir e foi representada pelo filho, o músico João Paulo Pompeu, de 45 anos. A cantora e o marido dela, Délio, que já faleceu, foi tema da escola em 2005. O terceiro carro falou da África, relembrando o enredo de 2008. O quarto, e último, foi do Corinthians.

Já quase a meia noite, a Unidos do Cruzeiro, dos bairros Estrela do Sul e Cruzeiro, falou, também de sua agremiação, definido: “Vida, trabalho, futebol e samba, 10 anos de saudade”, que homenageou a João Renato Pereira Guedes, o “Picolé”, carnavalesco de Campo Grande, fundador da escola, que morreu há a dez anos. Para a viúva de Picole, Aparecida Gomes, o desfile foi emocionante. “É uma emoção forte. Ele fez muito o Carnaval da Capital, ele vivia, era ligado às escolas de samba. Não era só a nossa”, comentou a entrada da escola.

A quinta e última agremiação entrar na avenida, já quase à 1 hora da manhã, foi a Igrejinha que, este ano, teve como tema “Tia Eva – lutas, crenças e sonhos”. A escola entrou vibrante, mesmo já de madrugada, onde chamava a atenção a caracterização, animação e alegria de todos os componentes, bastante confiante. Na avenida, eram cerca de 700 pessoas, contando a história de Eva Maria de Jesus, a Tia Eva, ex-escrava. A comunidade que leva o nome dela também foi retratada. A comissão de frente, formada por artistas regionais, fez uma procissão de São Benedito. O trabalho da escola estava grandioso, com 14 alas e seis carros alegóricos, onde o primeiro carro, representou a abolição da escravatura e trouxe duas mãos livres dos grilhões.

O segundo, que teve o carnavalesco Carlos Flores como destaque, falou sobre a trajetória de Tia Eva e carregou alguns dos descendentes da ex-escrava. O bisneto dela, Michel, desfilou. O terceiro foi uma réplica da capela construída para São Benedito. O último falou sobre a força do negro. Em todas as alas, uma aula da história, da alegria, da exaltação da fé, do sagrado ao profano, entre outras. 

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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