Cidades

terminal bandeirantes

A+ A-

Médicos dão orientações em campanha sobre marca-passo

Ação ocorreu nesta terça-feira, em Campo Grande.

DA REDAÇÃO

23/09/2014 - 20h14
Continue lendo...

A campanha de popularização do Dia do Marca-passo, realizada nesta terça-feira (23) em Campo Grande, permitiu aos usuários do Terminal Bandeirantes, atendimentos gratuitos. À espera de uma consulta pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a aposentada Raimunda Ramos de Lima, de 90 anos, que usa há 15 anos o dispositivo para regular os batimentos cardíacos, pode verificar as condições do aparelho e como se encontra o coração dela. “Ela precisava de um retorno ao médico, não estava conseguindo e eu decidi trazê-la aqui; já mediram na hora e está tudo bem”, disse a filha de dona Raimunda, Luiza Ramos, de 65 anos.

Assim como essa família, a acadêmica de Pedagogia Gisele Adriana, 39 anos, levou o pai Devair Penasso, de 69, para tirar dúvidas sobre o marca-passo. “Nós estamos aguardando a liberação do convênio, para que ele faça a cirurgia e, hoje, soube tudo o que pode e não pode com o aparelho”, comentou.

Das 20 mil pessoas, segundo a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), que passam pelo terminal, no período matutino, os mais idosos foram abordados pela campanha. Até o portador do dispositivo, Carlos Camargo, de 71 anos, ainda tinha questionamentos. “Eu posso passar por uma porta eletrônica?”, perguntou.

O cirurgião-cardiovascular, Mauro Cosme Gomes Andrade, respondeu que essa é a única exceção para quem usa o marca-passo, devido ao campo magnético. Atualmente, de acordo com o Deca (Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial), 300 mil pessoas utilizam o dispositivo no Brasil, sendo cerca de três mil em Mato Grosso do Sul. “Uma média de 200 pessoas são submetidas a essa cirurgia por ano no Estado; A ideia da campanha que acontece simultaneamente em 30 cidades do País é desmistificar os mitos sobre quem usa o marca-passo; o paciente pode viver bem e trabalhar normalmente”, comentou o médico.

Incentivados pelo Deca, médicos, enfermeiros, estudantes e representantes do marca-passo- em parceria com a Agetran, o Consórcio Guaicurus e a Travel Way- fizeram a ação no terminal, das 6h30 às 11h. E, durante a tarde de hoje até 16h, o grupo estará atendendo no Pátio Central, na Rua Cândido Mariano, 1380, no centro da Capital.
 
Dia do Marca-passo
A data, 23 de setembro, foi escolhida pelo DECA em homenagem ao médico Décio Silvestre Kormann, pioneiro em implante do marca-passo, que nasceu nesse dia. O DECA é responsável pelo Registro Brasileiro de Marcapassos, Desfibriladores e Ressincronizadores Cardíacos (RBM), que foi o primeiro registro oficial adotado pelo Ministério da Saúde para ser preenchido pelo médico logo após o implante do marcapasso no paciente. Desde 1994, o RBM é considerado um eficiente sistema de controle de informações, que permite o cadastro e identificação do dispositivo implantado em cada paciente. Por meio do RBM, hoje é possível saber, por exemplo, o número de marcapassos implantados por região do Brasil, por hospital, além do sexo e idade dos pacientes que receberam o dispositivo, bem como o tipo de marcapasso implantado. Ele continua sendoutilizado pelo Ministério da Saúde principalmente para gerar dados necessários para o melhor aproveitamento dos recursos investidos na saúde cardíaca dos brasileiros.
 

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

Continue Lendo...

A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

Assine o Correio do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).