O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD) compareceu na tarde de hoje em obra de recapeamento da Rua Antônio Maria Coelho, nas proximidades do Parque das Nações Indígenas e, em entrevista, comentou algumas questões ligadas ao reajuste da tarifa de ônibus.
Trad considerou dois pontos para avaliar a correção, sendo o reajuste anual, que deve acontecer todos os anos, e o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN). A respeito do imposto, o prefeito disse que quem arca com essa cobrança são os passageiros e, por isso, deixará de cobrar.
"Quando não cobra o ISSQN, a prefeitura renegocia uma contrapartida", disse Marcos Trad. Na última contrapartida negociada com o consórcio, foram pedidas reformas nos terminais de ônibus e nos banheiros, além da inclusão de mais 100 pontos de ônibus na Capital.
Entretando, desta vez, o diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, não está disposto a aceitar qualquer contrapartida. O prefeito afirmou que irá negociar, mas esclareceu que o consórcio não é obrigado a concordar com contrapartidas.
Relacionado ao reajuste anual, Trad disse que não tem como não cobrar, mas prometeu que 'não vai cometer o mesmo erro que a gestão anterior', a de Bernal, que sobrou reajuste de 10%. "Não vou deixar passar da inflação", afirmou.
RECAPEAMENTO
Atualmente, operários trabalham no recapeamento na Rua Antônio Maria Coelho e obra deve ser concluída num prazo de 60 dias. Marcos Trad disse que obra era da Caixa Econômica e, em parceria com o Governo do Estado, deu segmento para a construção.
Serão nove ruas recapeadas na região central. Na Antônio Maria Coelho será recapeado um trecho de 2.356 quilômetros, entre a Rua Furnas, atravessando a Avenida Professor Luiz Alexandre de Oliveira, chegando até o trecho final, quando se bifurca com a Avenida Mato Grosso, onde dois trechos do pavimento serão recuperados: rotatória na entrada do Parque dos Poderes até a altura da seccional da OAB/MS.
Após a rua ser totalmente recapeada, será iniciado trabalho na Avenida Mato Grosso. Trad comentou que recebe reclamações de moradores reivindicando asfalto nos bairros, considerando-os 'mais importantes que áreas centrais'. "Já tinha um dinheiro empenhado e não tinha como redestinar esse dinheiro", declarou prefeito.
SUSPENSÃO DE CONTRATO COM ÁGUAS GUARIROBA
Ontem, o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE) suspendeu, através de liminar, o contrato de 30 anos da Águas Guariroba com a Prefeitura Municipal.
O prefeito disse hoje, durante cumprimento de agenda, que o que ele pode fazer é rever os contratos com a concessionária de água da Capital, mas quem somente pode recorrer, é a empresa.
TAPA-BURACOS
Além de vetar o contrato com a empresa, o TCE suspendeu, por 60 dias, as operações de tapa-buraco na Capital. "Por isso está muito enrolado e travou de vez", disse Trad. Prefeitura deve recorrer da decisão que suspendeu a licitação.
Além do tapa-buraco, o prefeito comentou sobre as obras na Ernesto Geisel e disse que aguarda os trâmites legais, esperando que obra saia ainda neste ano. "Estamos fazendo o possível", declarou o prefeito.