Foi realizada nesta terça-feira (12), a primeira audiência de instrução e julgamento de Gabriela Santos Antunes, 20 anos, e Emily Karoliny Leite, acusadas pelo homicídio da manicure Jeniffer Nayara Guilhermete, de 22 anos. Cinco testemunhas de acusação foram ouvidas pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluizio Pereira dos Santos.
De acordo com os autos do processo, na audiência, defensoria pública que representa Emily apresentou a defesa preliminar da acusada, dizendo que a denúncia não tem fundamento e se baseia em fatos que não correspondem a realidade.
A defensora disse ainda que provará a inocência da acusada no curso da instrução criminal e pediu o prazo de 10 dias, em dobro, para apresentar testemunhas de defesa, já que como a acusada está presa, há dificuldade em entrar em contato com familiares.
Em seguida, foram ouvidas a mãe da vítima, amiga em comum entre Gabriela e a vítima, um policial civil e outras duas pessoas. Uma testemunha foi dispensada e uma faltou.
O Ministério Público pediu o prazo de cinco dias para se manifestar sobre a testemunha que não foi encontrada, que foi deferido pelo juiz. Nova audiência será designada para ouvir a testemunha apresentada pelo MPE e as testemunhas de defesa, além de interrogatório das acusadas.
Ainda durante a audiência, a defesa de Gabriela pediu que ela seja encaminhada a um posto de saúde em virtude de hemorragias em decorrência de aborto espontâneo que sofreu antes de ser presa.
CASO MANICURE
Jennifer foi morta a tiros no dia 15 de janeiro e localizada na Cachoeira do Ceuzinho um dia depois. Gabriela e Jennifer tinham uma briga há cerca de quatro anos. A manicure havia namorado o atual companheiro de Gabriela e isso ainda era motivo de ciúmes.
Primeiramente, Gabriela foi até Jennifer, que estava na casa de uma cliente no Bairro Vida Nova. O argumento utilizado para a vítima entrar no carro e sair do local era de que Gabriela queria resolver a briga das duas.
Gabriela disse que elas seguiriam para a casa de uma outra pessoa, próximo a Avenida Euler de Azevedo, sentido a Cachoeira Ceuzinho, onde haveria a conciliação da briga.
Emilly e uma adolescente de 16 anos, sobrinha de Alisson, também estavam no carro. No local do crime, Gabriela sacou a arma e desceu do veículo junto com a vítima, até a cachoeira, onde fez os disparos.