Taxistas e mototaxistas cobram flexibilização de regras para que possam competir com aplicativos de transporte em Campo Grande. Categorias apontam que, desde setembro, enfrentam crise com queda no número de corridas.
Bernardo Quartin, presidente do Sintaxi/MS, ressaltou necessidade de amparo jurídico para que o setor possa implementar descontos, proibidos por decreto municipal. Regras similares, em sua avaliação, seriam alternativa coerente para se concorrer com os aplicativos.
“Não somos máfia, mas estamos trabalhando dentro das regras do município. Precisamos estabelecer regras para que o setor cresça e não seja estereotipado como mafioso”, pontuou Bernardo, durante ciclo de debates na Câmara Municipal.
Dorvair Boaventura, presidente do Sindimototaxi, esclareceu que concorrência desleal tem aprofundado crise no setor desde setembro do ano passado. Serviços estariam inviabilizados com o avanço da tecnologia os tornando “descartáveis”.
Regulamentar serviço de transporte intermediado por aplicativos, conforme os vereadores, ainda demandará amplo debate. Junior Longo (PSDB) relembrou defasagem no número de alvarás concedidos, enquanto Valdir Gomes (PP) cobrou lista de espera de profissionais pela licença.
Em Campo Grande, existem 490 taxistas e 490 mototaxistas autorizados pela Agência Municipal de Trânsito (Agetran). Esse número dobra, ao se considerar auxiliares também cadastrados. No caso dos táxis, ao menos 111 licenças estão nas mãos de empresas.