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ENTREVISTA

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Sem ação conjunta não haverá solução para dengue, diz médico especialista

Mestre e doutor em Medicina Tropical, Rivaldo Venâncio da Cunha faz o alerta sobre a doença

CRISTINA MEDEIROS

05/04/2015 - 17h00
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Os números indicam. Nos primeiros três meses do ano, MS registrou quase o total de casos de dengue do ano passado. Para compreender em detalhes a evolução do quadro desta doença e de sua “parente”, a chikungunya, entrevistamos o  médico Rivaldo Venâncio da Cunha, mestre e doutor em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz, autoridade no assunto.  Ele fala sobre as características da epidemia, que também se alastrou em São Paulo, sobre o relaxamento nos cuidados por parte do poder público e das pessoas, do perigo que é a chikungunya, da proximidade da utilização da vacina e da união que é necessária para vencer estas doenças.

CORREIO PERGUNTA – Nos primeiros três meses do ano, MS já tem notificados cerca de 8 mil casos de dengue (quase o total do ano passado). Dos 79 municípios, 20 têm alta incidência. Diante deste cenário, o que leva o Estado a, num ano, ter uma importante epidemia e no outro não? As epidemias são cíclicas?

RIVALDO VENÂNCIO DA CUNHA – Sim, as epidemias de dengue são mais ou menos cíclicas, a cada dois ou 4 anos. Isso em decorrência de que há 4 tipos de dengue. Lembrando que a pessoa que for infectada por um destes sorotipos ficará imune a ele por toda a vida, ou seja, a pessoa pode ter, no máximo, 4 vezes dengue, uma para cada sorotipo do vírus. Quando acontece uma epidemia preponderantemente por um tipo de vírus, num ano, no ano seguinte, geralmente, não se observa epidemia, a não ser que seja introduzido, naquela comunidade, um novo tipo do vírus. E isso vai girando ciclicamente. O que nós temos observado neste momento, em MS, é o aumento no número de casos quando comparamos 2015 com 2014. No entanto, as localidades nas quais estes casos estão sendo registrados, majoritariamente, têm uma certa diferença. Temos presença substancial em alguns municípios no interior do Estado, quando nos anos anteriores geralmente o carro-chefe era a Capital.

O que há de diferente nesta epidemia? A dengue estaria mais agressiva em comparação aos anos anteriores? 

Creio que não. A dengue tem um padrão de ocorrência natural. O que nós temos observado é que, como acontece com outras situações na área da saúde no Brasil, em especial, mas na América Latina como um todo, nós nos preocupamos exageradamente – inclusive, a própria mobilização dos meios de comunicação – durante os momentos de crise e, superada a crise, há um certo relaxamento, entre aspas, há uma descontração tanto da população quanto das autoridades em relação às medidas preventivas. E isso tem feito com que os focos de criação do mosquito – que durante as crises diminui substancialmente –, passadas as crises, voltam paulatinamente a aumentar de novo e, aí, a quantidade de mosquito circulando passa a ser maior, consequentemente, a probabilidade de novas infecções também.

O caráter de adaptação do mosquito pode ter algum tipo de influência na variação epidêmica? 

Com certeza. Nós temos observado, por exemplo, uma lenta, porém, contínua adaptação do mosquito a um ambiente anteriormente não agradável ao mosquito. Aquilo que nós falávamos de que o Aedes aegypti só se procria, só sobrevive em água limpa não é bem verdade. Em algumas localidades como Recife, Manaus, Salvador, tem sido observado focos do Aedes aegypti em ambientes que antes eram inimagináveis. Quer dizer, a adaptação do mosquito às condições não favoráveis ao ambiente faz com que ele adquira uma “resistência” a estas condições desfavoráveis e passe, então, a sobreviver numa frequência muito maior. Além disso, há constante observação do desenvolvimento dos mosquitos e há resistência deles aos inseticidas que são utilizados para destruí-los. É muito comum e utilizar inseticidas e, depois de alguns meses, os técnicos da área de controle de vetores observam que aquele inseticida não está fazendo efeito, não está destruindo aquelas larvas do mosquito.

Podemos afirmar que, em MS, há uma quebra de procedimentos tanto por parte da população – que não mantém os cuidados básicos de prevenção – quanto do atendimento médico precário, levando a casos graves e morte?

Também. Mas temos que frisar que a dengue é uma doença enigmática. Aliás, todos os grandes problemas de saúde pública não têm origem na saúde nem têm solução somente na área da saúde. Por exemplo, este gravíssimo problema de saúde pública, chamado violência, no Brasil não tem solução na área de governabilidade da saúde. É necessário que outros segmentos sociais, tanto do Poder Executivo como do Poder Legislativo e também da sociedade civil organizada ou não, envolvam-se para encontrar uma solução. A dengue é da mesma forma. Enquanto não houver a ação conjunta, enquanto não houver uma política pública que envolva todos os segmentos interessados no assunto, nós não teremos solução. Por exemplo, a saúde trouxe para si a responsabilidade de cuidar da dengue. Mas não está cuidando só do doente, ela está cuidando, inclusive, da limpeza do terreno baldio. Isso não é atribuição do SUS! É inconcebível que um agente comunitário de saúde, ou um agente de controle de vetor, vá limpar terreno baldio! Outro segmento da sociedade, do poder público, do meio ambiente ou do urbanismo tem que assumir esta responsabilidade. E, geralmente, estes setores cruzam os braços! Esta relação não está correta e é preciso envolver a sociedade como um todo.  

É possível o paciente adquirir dengue hemorrágica mesmo que nunca tenha contraído a doença? 

É um dos mitos que se criaram de que, para ter a forma grave de dengue com hemorragia ou não, seria necessário ter uma experiência prévia de dengue, ou seja, seria a segunda infecção que causaria dengue grave. Não é verdade. O mundo está cheio de experiências de pessoas que, inclusive, morrem tendo pela primeira vez o contato com a dengue. Então, o que acontece? Se nós pudéssemos colocar numa sala 100 pessoas com dengue grave... Quero fazer um parêntese: não gosto de chamar de dengue hemorrágica, porque tem muita gente que está morrendo sem hemorragia. Então, a gravidade não está associada ao sangramento. Tanto que a OMS, na nova classificação que fez, não usa mais esta terminologia “dengue hemorrágica”. Agora é dengue sem sinas de alarme, com sinais de alarme e dengue grave. Por exemplo, uma dor abdominal ou um vômito muito intenso e persistente é muito mais grave, na maioria das vezes, do que um sangramento. Voltando à explicação. Se nós colocássemos numa sala 100 pessoas com dengue grave, 95% ou 98% delas estariam tendo dengue pela segunda vez. Se nós fizéssemos o raciocínio anterior, o contrário, o inverso, colocássemos numa sala 100 pessoas que estão tendo dengue pela segunda vez, provavelmente, duas ou três, no máximo, terão dengue grave. Quando nós pegamos um caso de dengue grave, nós vamos ver que a pessoa está tendo dengue pela segunda vez. Agora, milhões de pessoas estão tendo dengue pela segunda vez, mas não têm dengue grave. Ou seja, está muito mais associado a uma resposta individual do organismo do que ao fato de estar tendo dengue pela segunda vez ou não. Então, talvez o correto fosse afirmar que um pequeno grupo de pessoas que, tendo dengue pela segunda vez, por alguma característica individual, genética ou predisposição ou porque tem algum problema de saúde de base, pode desenvolver a forma grave da doença.

Podemos dizer que a chukungunya, que apareceu recentemente, seria o “plus” da dengue? Ela veio para ficar, estaria substituindo a dengue?

Bem, a natureza é caprichosa, os mosquitos também e os vírus muito mais. Daqui a 5 ou 10  anos, mais ou menos, dengue será uma coisa do passado, como foi a H1N1. A vacina que está chegando vai resolver a dengue. E o que chegará forte é a chikungunya. Nós estamos conseguindo, depois de quase 70 anos de pesquisa, uma solução para a dengue. E aí começa a surgir a chikungunya, que é um vírus de outra família, não é irmão da dengue, apenas é transmitido pelo mesmo vetor, pelo mesmo mosquito, mas que é infinitamente mais grave. É mais grave por três razões principais: primeiro, além da dor na articulação, ela causa inflamação e esta inflamação nas articulações, nas juntas, pode ser tão intensa que impede a pessoa de desenvolver as atividades cotidianas, como, por exemplo, cozinhar. Por quê? Porque geralmente são acometidos os punhos e os tornozelos e as articulações das mãos. Há problema sério para digitar no computador, digitar no celular, dirigir, enfim. Porque não se consegue fechar a mão! A dengue dói, mas não inflama a articulação. Outra diferença fundamental entre as duas doenças é que a chikungunya pode cronificar, num porcentual elevado de pessoas, ela cronifica. Quem teve dengue há de saber o quão sofrível seria permanecer oito meses ou um ano e meio com dengue. Chikungunya é assim, pode cronificar. Há uma limitação substancial na qualidade de vida destas pessoas. Sem falar no impacto econômico e social que isso tem, tanto do ponto de vista da previdência como da abstinência ao trabalho, ao estudo, etc. A terceira diferença entre ambas é a chikungunya na mulher grávida infectada no finalzinho da gestação, como quatro, cinco, sete dias antes de o beber nascer; em pelo menos 50% dos casos, a criança vai desenvolver, dois ou três dias após o nascimento, a chikungunya. E mais que isso, 50% dos casos costumam ser graves, muito graves, coisa que não observamos com a dengue.

Existe algum novo tratamento para dengue ou vacinas sendo testadas de forma a prevenir a doença? 

A vacina desenvolvida é apenas contra a dengue. Tem uma pesquisa de vacina contra a chikungunya, mas, na etapa em que ela está agora, até entrar no mercado, por baixo, nós teremos ainda algo como 10, 12 ou 15 anos, se tudo correr certo. A chikungunya não tem uma solução em curto prazo. Para a dengue, a vacina está pronta, em processo de ser registrada nas principais agências regulatórias do mundo. A expectativa é que, efetivamente, na virada de 2015 para 2016 esteja no mercado. Ela mostra uma proteção variável, razoável, que não é a mesma para os 4 sorotipos do vírus. Ela pega melhor os tipos 3 e 4, numa proteção maior a estes dois, principalmente em pessoas que já foram vacinadas contra a febre amarela. Em outras palavras, em médio prazo, a expectativa é que ocorra com a dengue o que aconteceu com a influenza H1N1. Que daquele “terremoto” que foi em 2009, paulatinamente, vá ficando como um problema menor.

Qual sua avaliação sobre os procedimentos de controle da doença no Estado? 

Nós temos uma descontinuidade que é natural, há em vários outros lugares. Epidemia de dengue é quase impossível de se evitar, podemos evitar o impacto da epidemia. Mas é inconcebível, hoje, em 2015, uma pessoa morrer por dengue, inadmissível, não podemos nos conformar com isso. É uma doença grave, cujo tratamento é extremamente simples se for ministrado oportunamente, em tempo hábil. Também acho que, neste aspecto, nós precisamos dar um salto de qualidade. Por exemplo, há alguns anos, praticamente só o Laboratório Central Municipal de Campo Grande e o Laboratório Central do Estado fazem sorologia para dengue em MS inteiro. Não temos este instrumental em tempo hábil a nossa disposição. Temos, ainda, uma rotatividade razoável entre os profissionais de saúde capacitados para lidar com a doença. Outro fator é a transição municipal. Na virada, na substituição dos prefeitos e, consequentemente, dos secretários municipais de saúde, é que nós observamos o maior impacto. A maior parte das medidas de controle estão municipalizadas. De qualquer forma, olhando o passado e o que nos aguarda, já era para nós termos aprendido, porque são quase 30 anos ininterruptos de circulação de dengue no Brasil.  Uma doença que não é nova, não é difícil de tratar, que não exige grandes tecnologias para abordagem medicamentosa. E temos que dizer que esta é uma responsabilidade de cabo a rabo, tanto da sociedade civil quanto do poder público.

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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