Sidney Anjos Peró, um dos presos durante a Operação Ofir, deflagrada hoje pela Polícia Federal e Receita Federal já era investigado pela Polícia Civil por falsidade ideológica. Isto porque, há suspeitas de que ele use sobrenome falso, igual ao de família conhecida em Campo Grande.
O delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão de Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), Fabio Peró Correa Paes, que é filho do ex-reitor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Manoel Catarino Peró, explicou à reportagem do Portal Correio do Estado que Sidney não tem parentesco nenhum com a família dele, mesmo assim afirmava que era parente e usava disto para aplicar golpes.
“Peró era apelido da minha família. Veio do meu tataravô. Em homenagem à família, meu pai colocou de nome composto. Depois que casei virou sobrenome da minha esposa e dos meus filhos”, contou.
O delegado informou que amigos da família já tinham entrado em contato com ele para saber da ligação com o criminoso, o que motivou uma investigação.
"No nome da mãe dele não tem [Peró] e estamos próximos de confirmar que o pai também não. Há fortes indícios de falsidade ideológica", finalizou o delegado.
A PRISÃO
Sidney Anjos Peró foi preso hoje durante a “Operação Ofir” que investiga organização criminosa especializada em induzir pessoas a investirem dinheiro em troca de lucros financeiros exorbitantes.
O golpe era baseado na existência de uma suposta mina de ouro que foi explorada há muito tempo e cujos valores oriundos das comissões para a revenda estariam sendo repatriados e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros, mediante pagamentos.
Além dele, foram presos também Celso Éder de Araújo e Anderson Flores.