Depois da repercussão de uma circular interna distribuída ontem pela Prefeitura de Campo Grande em 32 unidades de sáude, informando a suspensão de plantões, hoje, o prefeito Marcos Trad (PSB) afirmou que o comunicado era, na verdade, uma cobrança de resposta.
"Não houve suspensão e nem fechamento. O que houve foi um comunicado dizendo que os diretores das unidades devem apresentar um relatório falando da necessidade e quantidade de atendimento de pessoas nesse período, para que a prefeitura possa avaliar. O que aconteceu: eles enviaram um ofício de maneira administrativa, e não respondiam. Quando você coloca uma consequência sobre a não resposta, que é o fechamento, eles começam a responder", explicou o prefeito.
No entanto, no documento ao qual o Portal Correio do Estado teve acesso, a informação é de que haverá corte de plantões a partir do dia 1º de novembro, “considerando as dificuldades financeiras da Prefeitura de Campo Grande e da Secretaria de Saúde, e para adequação das despesas com recursos humanos”, diz a comunicação.
O documento traz ainda uma lista de 32 unidades, com as respectivas horas de plantão a serem suspensas, e solicita aos reponsáveis pelas áreas técnicas “que, por ventura, venham a sofrer grande impacto na assistência com tal medida, que se manifestem em caráter de urgência até o dia 25 de outubro de 2017”.
Procurada ontem pelo Portal do Correio do Estado, a Secretaria de Sáude do município (Sesau) informou, por meio de assessoria de imprensa, que não haverá suspensão imediata de nenhum atendimento.
“O documento em questão trata-se de uma Circular Interna (CI), ou seja, material de consumo interno, que tem por finalidade requerer aos setores citados a viabilidade de se manter ou não tais plantões e os eventuais impactos na assistência”, justificou.
Ainda conforme a Sesau, a medida é decorrente da indisponibilidade financeira do município, considerando que os plantões geram impacto significativo na folha, girando em torno de R$ 5 milhões por mês.
Por fim, o órgão informa que, mesmo que seja deliberada pela interrupção dos plantões, a decisão não acarretará em prejuízos significativos na assistência e a população continuará sendo bem assistida, através da redefinição de fluxo de atendimento, conforme comprovado em estudo de impacto feito previamente.