O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD) confirmou hoje que o número de funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) é insuficiente para atender a demanda da cidade, mas, segundo ele a contratação de novos servidores esbarra no limite prudencial de despesa com pessoal.
"Não é que não tenha equipe. Tem, mas são poucas. A cidade cresceu, a demanda cresceu, cresceu a receita líquida, mas o limite prudencial não acompanha", respondeu o prefeito ao ser questionado sobre a falta de servidores tanto para fazer o trabalho de poda de árvores quanto de fiscalização dos serviços.
O assunto foi tema de reportagem do Correio do Estado neste sábado.
Marcos Trad rebateu as reclamações feitas por comerciantes e vendedores ambulantes sobre podas radicais feitas por funcionários da Energisa, concessionária de energia elétrica.
"A Energisa é acionada pelo morador, mas a Semadur envia fiscal para poder fazer a poda". O prefeito respondeu ainda que Campo Grande não vai perder o status de uma das capitais mais arborizadas do país.
Ele disse que existe a intenção de contratar novas equipes para atender a demanda, mas não informou quando ou como isso será feito.
PODAS IRREGULARES
Campo Grande está há um ano sem equipes para fazer o trabalho de poda de árvores e, pelo mesmo período, a fiscalização também está comprometida.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) confirmou que contrato com empresa que realizava os cortes autorizados pelo órgão foi encerrado no fim de 2016. Enquanto isso, inúmeras espécies têm sido aparadas de forma irregular.
O titular da Semadur, José Marcos da Fonseca confirma que a pasta não tem equipes para manter o serviço de poda e fiscalização desde 2016. Eles contam com auxílio de servidores ligados à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).
A Energisa explicou, por meio de nota, ser responsável apenas por podas emergenciais das árvores em situação de risco com a rede elétrica.
ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO
Último relatório de gestão divulgado pela prefeitura apontou que as despesas com pessoal, executadas entre outubro de 2016 e setembro deste ano ultrapassaram o limite considerado prudencial.
A Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle (Seplanfic), divulgou, em outubro que, a receita corrente líquida utilizada com folha de pagamento totaliza R$ 1.475.682.669,28, o que significa 52,3% da receita corrente líquida da administração, que no mesmo período foi de R$ 2.820.093.080,28.