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Inadimplentes

Por empréstimo e para tirar Capital de "livro negro", prefeitura recorre à Justiça

Desde março do ano passado, Campo Grande está em cadastro de inadimplentes

ALINY MARY DIAS E KLEBER CLAJUS

28/09/2015 - 09h52
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Presente em cadastro de inadimplentes dos municípios, o Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) desde o ano passado, Campo Grande só conseguirá 56 milhões de dólares em empréstimo para projetos de infraestrutura mediante decisão judicial.

Em reunião com representantes do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e secretários, nesta segunda-feira (28), para detalhes sobre Programa Viva Campo Grande, o prefeito Alcides Bernal (PP) afirmou que a capacidade de endividamento da Capital continua a longo prazo, o que significa que a cidade teria capacidade de contrair empréstimos para realizar os projetos.

No entanto, uma situação barra a liberação dos valores, que só do BID seriam 56 milhões de dólares. Desde março de 2014, a Capital está inscrita no Cadin, uma espécie de SPC das prefeituras. Dessa forma, recursos como esses não podem ser liberados.

De acordo com Bernal, vários recursos judiciais tramitam na Justiça para que a cidade seja retirada do banco de maus pagadores. “Esperamos que nessa semana tenhamos êxito”, disse o prefeito.

Disney Fernandes, titular da Secretaria de Planejamento e Finanças, afirma que a procuradoria-jurídica da prefeitura acompanha a situação de recursos judiciais, que tramitam no Tribunal Regional Federal (TRF).

A inserção no Cadin, segundo o secretário, se deve em razão de débitos com INSS, situação constestada pela prefeitura. “A prefeitura não tem esse entendimento, estamos com segurança que a situação de liberação vai acontecer”, afirmou.

Entre os projetos que serão executados com liberação de valores do BID está a revitalização da 14 de Julho e de várias regiões do Centro da cidade.

CONTAS

Além da inserção no Cadin, a prefeitura enfrenta graves problemas financeiros. Neste mês de outubro, as previsões da administração é que os cofres municipais tenham rombo de R$ 158 milhões.

Segundo afirmou Disney no início do mês, impactam na conta ausência de reserva do 13º salário dos servidores e repasses para a previdência. A soma, nestes casos, chega a R$ 98 milhões. O valor total das despesas chega a R$ 284,1 milhões, ante receita de R$ 125,5 milhões.

A folha de pagamento dos servidores em setembro está estimada em R$ 90,8 milhões, enquanto o custeio chega a R$ 20 milhões. Os salários, de acordo com o prefeito Alcides Bernal (PP), permanecem escalonados e contratos não-essenciais suspensos pelos próximos 90 dias.

 

Texto segue à Câmara

Senado aprova emenda que permite separar polícias civil e científica

Nelsinho Trad e Tereza Cristina votaram a favor da proposta; Soraya Thronicke não compareceu

17/12/2025 15h30

Foto: Paulo Ribas / Arquivo Correio do Estado

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O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (16), em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 76/2019, que inclui as polícias científicas no rol dos órgãos de segurança pública previstos na Constituição, medida que abre caminho para a separação administrativa e funcional entre a Polícia Civil e a Polícia Científica nos estados, reforçando a autonomia dos órgãos responsáveis pelas perícias criminais. O texto segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

Em primeiro turno, a proposta recebeu 65 votos favoráveis e apenas uma abstenção. No segundo turno, foram 64 votos a favor, superando com folga o mínimo constitucional de três quintos dos votos dos senadores. Para entrar em vigor, a PEC ainda precisa ser aprovada em dois turnos pela Câmara, com pelo menos 308 votos favoráveis.

Após a aprovação no Senado, entidades representativas da categoria comemoraram o avanço. Francisco Orlando, presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses de Mato Grosso do Sul (Sinpof/MS) agradeceu aos senadores de Mato Grosso do Sul que votaram favoravelmente à proposta, destacando o apoio de Nelsinho Trad e Tereza Cristina. A senadora Soraya Thronicke não participou da votação.

Segundo Orlando, a autonomia da Polícia Científica garante mais independência técnica e fortalecimento institucional. O sindicato afirmou estar mobilizado para acompanhar a tramitação da PEC na Câmara dos Deputados, confiantes na continuidade do apoio parlamentar a uma medida considerada histórica para a segurança pública brasileira.

Texto

A PEC foi apresentada em 2019 pelo então senador Antonio Anastasia (MG), hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), e tem como objetivo garantir autonomia constitucional às polícias científicas, responsáveis por atividades criminalísticas, de identificação e ações médico-legais. Atualmente, em muitos estados, esses órgãos ainda estão vinculados à estrutura da Polícia Civil.

Relatora da matéria, a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) afirmou que a mudança representa um avanço institucional para a segurança pública brasileira. Segundo ela, o reconhecimento constitucional fortalece a independência técnica das perícias, fundamentais para a qualidade das investigações criminais e das decisões judiciais. De maneira muito equilibrada, o Senado respeita muito a área da segurança pública, declarou a relatora durante a votação.

Dorinha também acatou parcialmente uma emenda apresentada pelo senador Dr. Hiran (PP-RR), esclarecendo que a PEC contempla os peritos criminais, os peritos médico-legistas e os peritos odontolegistas como peritos oficiais de natureza criminal.

Plenário

Durante a discussão em Plenário, senadores de diferentes partidos elogiaram a proposta. Para Jayme Campos (União-MT), a PEC representa um marco na modernização do Estado brasileiro. Marcos Rogério (PL-RO) e Sergio Moro (União-PR) destacaram que a iniciativa valoriza os profissionais da polícia científica e fortalece o sistema de justiça criminal. Moro afirmou que rende homenagens não apenas à polícia científica, mas a todos os policiais que se dedicam à segurança pública.

A relatora ressaltou ainda que diversos estados já possuem polícias científicas estruturadas de forma independente da Polícia Civil, o que demonstra a viabilidade do modelo agora proposto em nível constitucional.

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Cidades

Ladrão de carne é preso por posse ilegal de armas, violência doméstica e crime ambiental em MS

Homem ameaçava companheira com armas ilegais, mantinha aves em cativeiro e furtava animais de abate de vizinhos

17/12/2025 15h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso em flagrante na última terça-feira (16) por violência doméstica no município de Anaurilândia, localizado a 376 km de Campo Grande.

O suspeito era investigado pela prática de ameaças contra a companheira, que relatou  à Polícia Civil um comportamento agressivo do homem, especialmente quando sob efeito de bebida alcoólica. Em um episódio recente, ele efetuou disparos de arma de fogo, o que a obrigou a buscar abrigo na casa de vizinhos.

A mulher informou que o armamento estava no interior da residência do casal e autorizou o ingresso da equipe policial para busca. Foram apreendidas duas armas de fogo, além de munições, espoletas e outros armamentos, configurando situação de flagrante delito.

CRIME AMBIENTAL

Também no interior da casa, os policiais encontraram animais da fauna silvestre mantidos em cativeiro, entre eles um papagaio e outras aves.

A Polícia Militar Ambiental foi acionada para adoção das providências administrativas e legais cabíveis.

O homem recebeu voz de prisão em flagrante e foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Anaurilândia, onde foram adotadas as providências legais.

ABIGEATO

Após a prisão do suspeito, a Polícia Civil esclareceu um caso de abigeato ocorrido na zona rural do município. O crime, que consiste no furto de animais, havia sido denunciado às autoridades na segunda-feira (15), quando foi registrado o boletim de ocorrência.

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