Cidades

Presos em delegacias

Policiais recorrem ao
Judiciário e ameaçam
entregar chaves de celas

Sindicalistas reclamam dos riscos enfrentados por agentes que cuidam de detentos

VÂNYA SANTOS RENAN NUCCI

23/11/2015 - 11h20
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Representantes do Sindicato dos Policias Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol) se reunirão no próximo dia 12 com responsáveis pela Coordenadoria das Varas de Execução Penal (Covep) para levar ao conhecimento do Poder Judiciário as dificuldades enfrentadas por policiais civis no que se refere a carceragem de presos. Caso a situação não seja resolvida, policiais ameaçam entregar à Justiça as chaves das celas das delegacias.

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (23), Jiancarlo Correa Miranda e Paulo Queiroz, presidente e vice-presidente do Sinpol, respectivamente, explicaram sobre os riscos que os policiais correm ao se responsabilizar pela carceragem de presos em delegacias, principalmente nas do interior do Estado.

A reunião tem como objetivo forçar a transferência de presos das delegacias para os presídios. Em algumas situação, conforme sindicalistas, presos cumprem pena de regime semiaberto em unidades policiais.

SITUAÇÃO
De acordo com o Paulo Queiroz, a maioria das delegacias está superlotada e apenas um policial fica responsável por cuidar dos presos. “Além do risco a própria segurança, tem a questão das atribuições porque ao invés de fazer o trabalho investigativo, nas ruas combatendo a criminalidade, eles têm que cuidar de presos”, comentou, ressaltando que os policiais não são treinados para atuar como agente penitenciário.

Já o presidente Jiancarlo disse que somente em 2015 foram registrados sete casos, dentre motins, rebeliões, fuga e tentativa. Os episódios ocorreram nas cidades de Itaquiraí, Fátima do Sul, Água Clara, Aparecida do Taboado, Chapadão do Sul, Sidrolândia e duas vezes em Costa Rica.

Ele explicou que 49 delegacias do Estado têm celas. Somando as 49, a capacidade é de abrigar 200 detentos, mas hoje estão com mais de 900 presos.

Jiancarlo citou o caso de Ponta Porã, onde a delegacia está interditada pela Justiça, mas ainda assim continua recebendo presos. A 1ª Delegacia tem capacidade para 8, mas na semana passada estava com 46 detentos. Foi preciso intervenção do Sinpol para que alguns fossem transferidos para o presídio. Hoje, são 23 presos na delegacia.

Ainda conforme o presidente, aproximadamente 80% das unidades policiais do Estado dispõem de apenas um agente, por plantão, para cuidar de preso. Em casos mais extremos, o mesmo policial ainda tem que atender ocorrências. “São celas inapropriadas para ficar com o preso por pouco tempo. São salas improvisadas, fáceis de serem violadas”, revelou o sindicalista.

As delegacias, segundo Jiancarlo, também carecem de sistema de câmara de segurança para monitorar os presos.

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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