A Polícia Federal disponibilizará um link especial para as mais de 25 mil vítimas da Company Consultoria Empresarial Eireli denunciarem os golpes investigados pela Operação Ouro de Ofir.
Ontem (21), cerca de 70 policiais federais participaram do desencadeamento da operação em Goiânia (GO), Brasília (DF), Campo Grande e Terenos (MS). De acordo com a instituição, no site terá um formulário especial.
Conforme informações da polícia, a vítima deve imprimir o formulário, preencher e reconhecer firma em cartório. O documento deve ser entregue na Superintendência Regional da PF em Mato Grosso do Sul. As denúncias que forem de fora de Campo Grande devem ser enviadas pelos Correios, aos cuidados do delegado federal Guilherme Farias.
A empresa Company está sendo investigada por estelionato, falsidade ideológica e fraude no sistema financeiro. Ela seria uma instituição clandestina localizada em Campo Grande e fez mais de 25 mil vítimas em todo o País.
ESTELIONATO
A organização criminosa se valia da falsa redistribuição de comissões das vendas de uma mina de ouro explorada há décadas, para induzir investimentos em dinheiro, oferecendo lucros exorbitantes de até 1.000 %.
O esquema era coordenado por Celso Eder de Araújo, Sidney Anjos Peró e Anderson Flores. Os três foram presos ontem pela Polícia Federal e Receita Federal, durante a Operação Ouro de Ofir e permanecem sob custódia em Campo Grande. O alvo XXX continua foragido da Justiça.
Alvo de condução coercitiva, Sandro Aurélio Fonseca Machado se recusou a prestar depoimento. Os trabalhos de análise de todo o material apreendido nas buscas realizadas ontem, que incluem cerca de milhares de contratos entre clientes e os suspeitos investigados, já estão sendo realizados.
OPERAÇÃO
O nome da Operação Ouro de Ofir é baseado em uma cidade mitológica da qual seria proveniente um ouro de maior qualidade e beleza. Tal cidade nunca foi localizada e nem o metal precioso dela oriundo.
Estiveram envolvidos nas atividades referentes à deflagração aproximadamente 70 Policiais Federais, servidores da Receita Federal e policiais militares, para o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão temporária e quatro mandados de condução coercitiva, nas cidades de Goiânia (GO) e Brasília (DF), além de Terenos e Campo Grande.
*Matéria editada às 16:15 horas do dia 24 de setembro 2018 para exclusão do nome de um dos suspeitos por determinação da Justiça de Goiás.
Por decisão do juiz Adenito Francisco Mariano Junior, do Juizado Especial Cível, da Comarca de Itajá (GO), de 17 de maio de 2018, o Correio do Estado retirou o nome de dois acusados de envolvimento em esquema de pirâmide financeira e enriquecimento ilícito, com vítimas em Mato Grosso do Sul e alvo de operação Ouro de Ofir, da Polícia Federal.