Cidades

Campo Grande

"Ladra BBB" e namorado são presos depois de vídeos de furtos na Capital

Ana Caroline Rosa e o namorado praticavam os furtos juntos

VALQUÍRIA ORIQUI

01/06/2016 - 17h40
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Depois de reportagem publicada pelo Portal Correio do Estado, Zenio Silva Junior e Ana Caroline Rosa, a "ladra BBB" foram presos no início da tarde de hoje acusados de furtarem pelo menos quatro estabelecimentos comerciais da Capital. Duas vítimas que não quiseram se identificar trabalham em lojas do Shopping Campo Grande. Outras duas são do Camelódromo. Estimativa é de que a dupla furtou nestes locais mais de R$ 1 mil, mais documentos pessoais.

Os dois foram localizados pela polícia a partir de um vídeo, publicado ontem (31) por uma das vítimas, Ricardo Félix. Nas imagens a mulher aparece tentando pegar o dinheiro do caixa várias vezes, enquanto o namorado distrai a funcionária. Sem medo de ser reconhecida pelas câmeras a mulher chega a olhar para o equipamento antes de cometer o furto.

“Ontem, por volta das 17h20min a funcionária me ligou e contou que achava que tinha sido roubada. Quando cheguei lá, a câmera de segurança mostrou que a mulher realmente furtou do caixa aproximadamente R$ 500”, contou Ricardo Félix, que gerencia quatro lojas de aparelho celular do Camelódromo.

Ainda segundo ele, enquanto o namorado distraía a funcionária, a mulher tentava pegar o dinheiro do caixa. “Depois que ela pega o dinheiro ela agradece a vendedora e vai embora”, detalhou Ricardo.

Zênio e Ana Caroline foram presos (Fotos: Reprodução / Facebook)

Depois da reportagem do Portal Correio do Estado com o vídeo, outras vítimas do mesmo casal começaram a aparecer. “No dia 16 de maio o namorado dela foi no meu box e falou que tinha sido preso por que o celular que eu tinha vendido era roubado. Meu pai pediu desculpas e ainda deu o valor que ele pediu, R$ 150. Um amigo da nossa família é policial, puxou a ficha do rapaz e viu que ele não era boa gente”, explicou a filha e funcionária de dono de outro box, que não quis se identificar.

Ainda segundo ela, uma semana depois, por volta do meio dia, os dois retornaram à banca, porém como a mesma estava fechada para o almoço, foram embora. “Quando fui abrir a banca depois do almoço os vizinhos falaram que o casal havia acabado de sair de lá. Acionamos os seguranças do local mas a dupla não foi encontrada dentro do Camelódromo”, ressaltou.

No Shopping Campo Grande o furto foi praticado no dia 6 de maio, perto do dia das mães. A suspeita entrou em loja de acessórios e em menos de um minuto pegou uma carteira que estava atrás do balcão. Nesse crime, foi levado menos de R$ 100 da gerente do comércio, além de documentos pessoais e cartões de crédito.

"Essa mulher já tinha vindo na loja outra vez. Ela parece que sabia que eu deixava minha carteira ali. Só não levou o dinheiro da loja porque o caixa não era do lado que ela estava", comentou a gerente, que também pediu para não ser identificada.

Segundo apurado pela reportagem, a mesma mulher é suspeita de furtar outra loja que fica dentro de um hipermercado e ter levado R$ 200. Esse crime foi praticado um dia depois ao furto do shopping.

PRISÃO

A prisão dos dois ocorreu por meio de denúncias anônimas. A suspeita da polícia é de que já estava sendo monitorados, há algum tempo, por terceiros. Após receberem ligação de que os dois estariam hospedados em um hotel na área central da cidade, militares foram até o local, e, ao mostrarem as fotos ao gerente, foi confirmado que o casal estava lá.

“Hoje, por volta do meio dia um mototaxista que viu o vídeo que publiquei, foi até meu box para falar que tinha deixado a mulher num hotel do Centro. Quando avisei os policiais, eles já estavam no local levando os dois para a delegacia”, pontuou. Na delegacia, as vítimas foram chamadas para registrar boletim de ocorrências e reconhecer a mulher.

Policial aposentado, tio de Zenio esteve na delegacia a fim de saber do ocorrido. Em poucas palavras o familiar contou que o casal é usuário de drogas e que há tempos agem de forma errada. “Não posso fazer muita coisa por eles. Se cometeram erros, vão ter que pagar. Somos distantes por conta de atitudes deles que não concordamos. Vim aqui mesmo para saber o que aconteceu e indicar que a família acione um advogado. A mãe dele já tentou de tudo para tirá-lo das drogas”, contou o irmão da mãe do suspeito, sem dar mais detalhes e também sem se identificar.

Nos vídeos abaixo, flagrantes feitos da ação criminosa do casal:

VEJA FURTO COMETIDO NO DIA 6

COM CABELO DE OUTRA COR, MULHER FURTA R$ 1 MIL NO MERCADÃO

Cidades

Veículos batem de frente e três pessoas da mesma família morrem na BR-267

Motorista de um Virtus tentou fazer uma ultrapassagem, quando colidiu de frente com um Corolla; todas as vítimas estavam no veículo atingido

16/12/2025 18h36

Veículos bateram de frente e três pessoas da mesma família morreram

Veículos bateram de frente e três pessoas da mesma família morreram Foto: Divulgação / PRF

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Três pessoas morreram em um acidente envolvendo dois carros de passeio, na manhã desta terça-feira (16), na BR-267, em Nova Alvorada do Sul. O acidente aconteceu durante uma tentativa de ultrapassagem.

De acordo com informações da PRF, um veículo Toyota Corolla, com placas de São Miguel de Guaporé (RO), seguia no sentido Nova Alvorada do Sul a Distrito de Casa Verde, enquanto um Virtus, com placas de Três Lagoas, seguida no sentido contrário.

Na altura do km 177, os veículos bateram de frente. Segundo testemunhas, o Virtus teria tentado fazer uma ultrapassagem e acabou colidindo com o Corolla.

Com o impacto da batida, duas passageiras no Corolla, de 55 e 73 anos, morreram na hora. Um outro passageiro, de 74 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu posteriormente no hospital. O motorista, de 53 anos, não teve ferimentos graves.

Conforme informações, as vítimas eram a esposa, pai e mãe do motorista.

No Virtus estavam o condutor e um passageiro, de 42 e 37 anos, respectivamente. Ambos tiveram lesões consideradas leves e foram encaminhados ao hospital em Nova Andradina, mas não correm risco de morte.

Ainda segundo a PRF, foi realizado o teste do bafômetro nos motoristas, com resultado negativo para alcoolemia em ambos.

Informações preliminares são de que a família que estava no Corolla saiu de Rondônia para visitar familiares no interior de São Paulo.

Durante os trabalhos de resgate e perícia, parte da pista ficou interditada. As causas do acidente serão investigadas pela Polícia Civil.

Outro acidente com duas mortes

Na madrugada desta terça-feira (16), outro acidente deixou duas pessoas mortas e três feridas, na BR-158, em Três Lagoas.

Conforme reportagem do Correio do Estado, Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, trabalhava como moto-entregador. Ambos colidiram em ua região conhecida como anel viário Samir Tomé.

No Palio conduzido, além da motorista estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas.

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora.

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

 

Cabe recurso

Jogo do bicho: deputado Neno Razuk é condenado a 15 anos de prisão

Condenação foi proferida  pela 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

16/12/2025 17h45

Deputado estadual Neno Razuk (PL)

Deputado estadual Neno Razuk (PL) Foto: Wagner Guimarães / Alems

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O deputado estadual Roberto Razuk Filho, conhecido como Neno Razuk (PL), foi condenado a 15 anos e 7 meses de prisão, apontado como o "cabeça" de um grupo criminoso para tomar o controle do jogo do bicho em Campo Grande. A condenação foi proferida  pela 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) nesta segunda-feira (15) e sentencia outras 11 pessoas. 

Conforme os autos do processo que corre em segredo de Justiça, os réus tentaram anular a condenação sob pedindo a nulidade das investigações. Em resposta ao Correio do Estado, André Borges, advogado de defesa do deputado, disse que irá recorrer da sentença. "Defesa certamente recorrerá; processo está longe de encerrar; Neno confia na decisão final da justiça", declarou. 

Condenações 

  • Carlito Gonçalves Miranda 10 anos, 9 meses e 24 dias de reclusão, em regime fechado; Não tem o direito de recorrer em liberar e segue sendo procurado;
  • Diogo Francisco 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;   
  • Edilson Rodrigues Ferreira 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade; 
  • Gilberto Luis dos Santos 16 anos, 4 meses e 29 dias de reclusão, em regime fechado; permanecerá preso;
  • José Eduardo Abduladah 4 anos e 1 mês de reclusão, em regime fechado; permanecerá em prisão domiciliar;
  • Júlio Cezar Ferreira dos Santos 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Manoel José Ribeiro 13 anos, 7 meses e 1 dia de reclusão, em regime fechado; permanecerá preso;
  • Mateus Aquino Júnior 11 anos e 7 meses de reclusão, em regime fechado; não terá o direito de recorrer em liberdade e segue sendo procurado;
  • Roberto Razuk Filho 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Taygor Ivan Moretto Pelissari 4 anos, 11 meses e 15 dias de reclisão, em regime fechado; não terá o direito de recorrer em liberdade e segue sendo procurado; 
  • Valnir Queiroz Martinelli 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Wilson Souza Goulart 4 anos, 2 meses e 22 dias de reclusão, no semiaberto; terá o direito de recorrer em liberdade; 

Buscas

Em novembro deste ano, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), apreendeu mais de R$ 300 mil durante a operação deflagrada contra alvos ligados à família Razuk. A ação, realizada em conjunto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, também resultou na prisão de três familiares do deputado estadual Neno Razuk. 

Foram detidos o pai do parlamentar, Roberto Razuk, e os irmãos Rafael Razuk e Jorge Razuk. Segundo informações, além do montante em dinheiro, equipes recolheram armas, munições e máquinas supostamente usadas para registrar apostas do jogo do bicho.

Os materiais foram apreendidos durante o cumprimento dos 20 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão executados  em Campo Grande, Dourados, Corumbá, Maracaju e Ponta Porã, além de endereços no Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

Em Dourados, viaturas foram vistas logo cedo em bairros como Jardim Água Boa e Vila Planalto. A residência de Roberto Razuk foi um dos principais pontos de ação, onde agentes recolheram malotes.

Outro alvo da operação é Sérgio Donizete Balthazar, empresário e aliado político, proprietário da Criativa Technology Ltda., que no início deste ano ingressou no Tribunal de Justiça com mandado de segurança para tentar suspender a licitação da Lotesul, estimada em mais de R$ 50 milhões.

Também aparecem entre os alvos o escritório de Rhiad Abdulahad e Marco Aurélio Horta, conhecido como "Marquinho", chefe de gabinete de Neno Razuk e funcionário da família há cerca de 20 anos.

A família Razuk, já foi alvo de apurações relacionadas ao jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. A ação é tratada pelo Ministério Público como uma nova fase dessas investigações.

FASES

Em outubro de 2023, antes das fases da Successione, a Polícia Civil fez uma apreensão de 700 máquinas da contravenção, semelhantes a máquinas de cartão utilizadas diariamente em qualquer comércio, sendo facilmente confundidas.

As prisões foram desencadeadas a partir da deflagração das fases da Operação Successione, que começou no dia 5 de dezembro de 2023. Na ocasião, foram cumpridos 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Foi nesta fase que os ex-assessores parlamentares de Neno Razuk foram pegos.

Duas semanas depois, no dia 20 de dezembro, foi deflagrada a segunda fase da operação, com o cumprimento de 12 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão. Ela foi realizada após investigações do Gaeco apontarem que a organização criminosa continuou na prática do jogo do bicho, além de concluírem que policiais militares também atuavam nesta atividade.

No dia 3 de janeiro do ano passado, chegou a vez da terceira fase da operação, com mais dois envolvidos presos pela contravenção na Capital.

A disputa pelo controle do jogo ilegal em Campo Grande se intensificou após a prisão de Jamil Name e Jamilzinho, durante a Operação Omertá, em 2019, que eram apontados pelas autoridades como os donos do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. 

Quatro anos depois, Jamil Name Filho foi condenado a 23 anos de reclusão, após um julgamento de três dias.

O termo italiano "Successione"  que dá nome a operação, é uma referência a disputa pela sucessão do jogo bicho em Campo Grande após a operação Omertá. A decisão desta terça-feira cabe recurso. 

**Colaborou Felipe Machado

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