Cidades

adotada com 9 meses

Mulher procura mãe biológica
que nunca conseguiu conhecer

Gisele Gomes descobriu que era adotada em 2013

LUCIA MOREL

22/04/2017 - 17h17
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Trinta e nove anos se passaram até que Gisele Gomes descobrisse que havia sido adotada. Hoje, aos 42, seu grande sonho é encontrar a mãe biológica ou mesmo algum irmão.

“Eu quero saber quem ela é, como está, se está viva e por que me deu para adoção. Pelo menos algum irmão, se tiver, eu queria encontrar”, confessou.

Ela, que é serviços gerais na Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), descobriu que era adotada aos 39 anos, em 2013, quando uma de suas cunhadas foi passear na casa da mãe dela e então encontrou alguns documentos de adoção de Gisele e seus irmãos. “No mesmo dia que descobri que era adotada, soube que todos os meus irmãos eram também”, contou.

Para ela, que hoje é casada e tem quatro filhos, foi um choque. No entanto, isso não modificou o relacionamento com os pais adotivos. “Eu não sabia, mas com esses documentos minha mãe acabou confessando que todos nós éramos adotados”. Gisele tem outros cinco irmãos e irmãs. 

Depois da descoberta, começou então a procura por seus pais biológicos. Dois anos depois, em 2015, quando passava as festas de fim de ano em Miranda, na casa de um de seus irmãos, a irmã de uma outra cunhada viu na página pessoal de Gisele na internet um sobrenome diferente. 

“Ela me perguntou porque eu usava o sobrenome Camargo no Facebook e eu disse que era por causa do nome da minha mãe biológica”, afirmou, lembrando que foi a irmã da cunhada que começou a fazer mais perguntas e ao conferir os nomes, descobriu que seu pai era também tio de Gisele.

“Na época esse tio estava internado e essa irmã da minha cunhada foi até o hospital, mostrou minha foto quando pequena e o documento de adoção”.

Gisele contou que o tio, hoje já falecido, chorou e beijou a foto. “O que me contaram é que na hora ele ficou muito emocionado e contou que precisou me entregar para adoção porque meu pai havia falecido aos 24 anos e eu tinha ficado sozinha”. O tio de Gisele chamava-se José Gomes da Silva, nome que consta no documento de adoção.

NÃO HOUVE TEMPO

Ela não chegou a conviver com o tio, mas soube pela irmã da cunhada que ele também a procurava. “Ele chegou a dizer para ela que estava atrás de mim, mas que fui eu quem fui ao encontro dele”.

Lamentavelmente, o tio faleceu sem ter contado mais detalhes sobre o relacionamento entre os pais de Gisele. “Eu continuo atrás, quero saber onde ela está”, comentou.

HISTÓRICO

No denominado Termo de Entrega e Recebimento, lavrado e assinado em cartório de Campo Grande no dia 4 de fevereiro de 1975, quando Gisele tinha apenas nove meses de vida, constam os nomes de seu tio, da avó materna Alezandrina M. Camargo e da mãe biológica, Fátima Camargo Gomes, na época com 17 anos de idade.

“Não sei o que pode ter acontecido, ela era nova, pode ter tido medo de ficar comigo, de ser mal vista, não sei”, comentou Gisele.

Ela disse acreditar que os pais adotivos e mesmo primos sabem mais detalhes de sua história, “mas não me contam, acho que por medo de eu encontrar minha mãe, não sei”.

Ainda assim, ela busca ajuda e quer encontrar a mãe. “Já procurei a investigadora Maria Campos, tem um ano já, mas ela não descobriu nada para mim até agora”, lamentou.

Gisele pediu ajuda ao Correio do Estado, quando encontrou o fotógrafo Álvaro Rezende em evento. Se alguém conhecer ou souber do paradeiro de Fátima Camargo Gomes, hoje com 59 anos, pode entrar em contato com Gisele pelo telefone (67) 9-9239-2883. O desejo é que ela tenha muita sorte nessa busca!

Dia D

Governo promove 'Dia D da Saúde Inclusiva'

Ação acontece no Bioparque Pantanal nesse sábado (13), com vacinas e serviços de saúde gratuitos mediante a agendamento de vaga

11/12/2025 15h13

Dia D terá palestras e mais de 10 vacinas que seguem o calendário de imunização nacional

Dia D terá palestras e mais de 10 vacinas que seguem o calendário de imunização nacional Divulgação

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No próximo sábado (13), a Secretaria de Estado e Cidadania em parceria com o Bioparque Pantanal, irá realizar o “Dia D da Saúde Inclusiva”, com atendimentos, exames, vacinação, palestras e orientações gratuitas voltadas à promoção da saúde, inclusão e cidadania.

Reconhecido pela acessibilidade e vocação educativa, o Bioparque Pantanal foi escolhido como o espaço para a realização da ação. Nesta edição, ele se torna palco para uma mobilização de cuidado e presença do Estado.

Viviane Luiza, Secretária de Estado da Cidadania, destaca que o dia será para reafirmar o compromisso do Governo de Mato Grosso do Sul na construção de ser um Estado verdadeiramente inclusivo.

“Reunimos uma rede de parceiros que entende que garantir direitos e promover cidadania é um trabalho coletivo. O Bioparque Pantanal, com sua essência de acessibilidade e acolhimento, dialoga diretamente com as políticas públicas que estamos fortalecendo. Neste Dia D, além de oferecer diversos serviços e atendimentos, reafirmamos que a inclusão deve orientar nossas decisões”, ressalta Viviane.

Atendimentos e exames

Para realizar os exames, a apopulação deve agendar os atendimentos previamente. Durante o acesso será a vários serviços de saúde, ofertados em parceria de instituições públicas e privadas. Com horários no período matutino e vespertino, o Dia D terá 28, 60 e 100 vagas distribuídas nos serviços disponíveis.

Sendo eles:

  • Odontologia (Amigos do Coração) – 30 vagas pela manhã e 30 à tarde;
  • Ultrassom de mama (Onça Pintada) – 30 vagas pela manhã e 30 à tarde;
  • Ultrassom de carótidas (Sejusp) – 30 vagas pela manhã e 30 à tarde;
  • Mamografia (Cassems) – 30 vagas pela manhã e 30 à tarde;
  • Preventivo (Cassems) – 50 vagas pela manhã e 50 à tarde;
  • Médico da Família (Cassems) – 8 vagas pela manhã e 20 à tarde;
  • Mamografia (Hospital do Amor) – 30 vagas pela manhã e 30 à tarde;
  • Preventivo (Hospital do Amor) – 50 vagas pela manhã e 50 à tarde.

Os atendimentos podem ser agendados pelo telefone (67) 99184-6252.

Entre as palestras que estão inseridas na programação, dois momentos formativos voltados à saúde e ao neurodesenvolvimento serão abordados.

Ministrada pela Dra. Pamela Leal, nutricionista do Instituto Pamela Leal, a primeira palestra, às 09h carrega o tema: “A importância da nutrição para as pessoas com autismo”.

Já a segunda, às 10h, com a neuropsicopedagoga Ivete Goldoni Moreti abordando o tema: “Desvendando o TDAH”.

Além das duas palestras, haverá o momento de vacinação, com base no calendário nacional de imunização. Respeitando o critério de cada público, serão disponibilizadas 18 tipos de vacinas, incluindo:

  • Hepatite A e B;
  • Penta;
  • Pneumocócica 10-valente
  • VIP;
  • Rotavírus;
  • Meningocócica C
  • Febre amarela;
  • Tríplice viral;
  • Tetraviral
  • DTP
  • Varicela;
  • HPV quadrivalente;
  • dT;
  • dTpa;
  • Meningocócica ACWY;
  • Covid-19;
  • E influenza.

Inclusão

Diretora-geral do lugar que vai receber a ação, o Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, destaca que para ela, abrir o espaço para o Dia D fortalece valores que fazem parte também da essência do aquário.

Ela ainda ressalta que o momento é de cuidado e atenção com famílias atípicas e pessoas com deficiência, e que o espaço reforça a necessidade da acessibilidade.

“Nosso compromisso com a inclusão vai muito além da visitação. O Dia D da Saúde Inclusiva reforça a missão do Bioparque de ser um espaço para todos, onde cada pessoa é acolhida com respeito, sensibilidade e autonomia. Trabalhamos continuamente para garantir acessibilidade, promover conhecimento e criar experiências que valorizem a diversidade humana”.

Serviço

O “Dia D da Saúde Inclusiva” será realizado neste sábado (13), das 8h às 18h com todos os serviços citados na reportagem de forma gratuita. O Bioparque fica na Avenida Afonso Pena, nº 6277, no Bairro Chácara Cachoeira em Campo Grande.

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cultura

Festivais em Bonito e Corumbá precisam captar mais de R$ 11 milhões para edições de 2026

Por meio da lei de fomento à cultura, captação de recursos foi autorizada neste mês pelo ministério

11/12/2025 15h00

Festival de Inverno de Bonito atraiu cerca de 20 mil turistas neste ano

Festival de Inverno de Bonito atraiu cerca de 20 mil turistas neste ano Foto: FIB 2025

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Dois dos principais festivais culturais de Mato Grosso do Sul estão com o cronômetro acionado para conseguir captar o total de R$ 11.057.963,00 por meio da Lei Rouanet (n. 8.313/91) para as edições de 2026. Por meio de lei de fomento à cultura, do Ministério da Cultura, a captação foi autorizada pelo secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Parente de Menezes, nestes dias 5 e 8 de dezembro. 

A organização não governamental Centro Brasileiro de Apoio à Cultura, Arte e Entretenimento (Cebracen) foi a detentora dos projetos aprovados na área de artes cênicas no âmbito federal para conseguir reunir os recursos para garantir a execução do Festival de Inverno de Bonito e do Festival América do Sul (FAS), que acontece em Corumbá.

A Cebracen tem sede em São Paulo, no bairro Jardim Paulista, e é uma instituição que atua na promoção de eventos ligados à arte e cultura brasileira.

“Por meio de festivais, capacitações e projetos inclusivos, oferecemos oportunidades para a formação de artistas, o empoderamento de comunidades e o desenvolvimento de talentos em diversas áreas culturais. Trabalhamos para transformar sonhos em realidade, conectando pessoas, preservando tradições e incentivando a inovação no cenário artístico e cultural do Brasil”, divulga a entidade em sua página oficial.

Para o projeto do Festival de Inverno de Bonito, houve valor aprovado de R$ 5.567.498,00. A proposta autorizada tem o tema Corpos da Terra: Arte, Memória e Futuro. Conforme o resumo apresentado ao governo federal, a proposta é um encontro entre arte, sustentabilidade e diversidade cultural voltado para reafirmar Bonito como território simbólico de criação, convivência e diálogo entre diferentes expressões.

A data prevista no projeto para execução vai de 1 de fevereiro a 30 de setembro de 2026. O festival deve acontecer entre junho e julho do próximo ano. O prazo para captação dos recursos começou nesta terça-feira (9) e vai até 31 de dezembro deste ano. 

“Com programação multilinguagens, gratuita, acessível e com foco em sustentabilidade, o festival apresentará mais de 200 atrações, entre apresentações artísticas, oficinas, feiras, debates e ações que promovam o meio ambiente. A proposta atravessa a tradição e contemporaneidade, promovendo um espaço de experimentação estética e educação cultural, com forte presença de artistas regionais e representações indígenas, quilombolas, periféricas, latino-americanas, entre outras”, informou o Cebracen.

Para a realização do Festival América do Sul do próximo ano, a captação pretendida é de R$ 5.490.465,00, dentro do prazo de 8 a 31 de dezembro de 2025. O tema o evento é Rios de Memória – Tramas Fronteiriças. Na edição de 2026, o evento vai comemorar duas décadas de integração cultural e diplomacia artística entre países latino-americanos.

Conforme o projeto apresentado, o festival vai propor “reencontro com as águas do rio Paraguai e com os povos que as habitam”, com foco na ancestralidade e sustentabilidade.

Estão previstos nove meses de ações com residências artísticas, oficinas formativas, feiras criativas e mostras audiovisuais. Depois desse prazo, haverá quatro dias de programação no Porto Geral de Corumbá e em espaços parceiros em Ladário, além de ações em comunidades ribeirinhas. Não foi divulgado data, mas pelo cronograma apresentado, o festival deve acontecer até o dia 30 de setembro do próximo ano.

“O FAS 2026 será uma experiência sensorial e simbólica, que faz da arte um gesto de travessia, memória e reexistência, unindo ações de formação artística, como oficinas e residências, e apresentações artísticas de diversas linguagens”, informou o projeto.

Como funcionam as captações

Depois que o proponente cultural apresenta projeto ao Ministério da Cultura e recebe autorização de captação, é preciso buscar o patrocínio com pessoas físicas e empresas. Parte do imposto devido é doado para financiar atividades culturais, como é o caso dos dois festivais de Mato Grosso do Sul.

Em troca da doação financeira, os doadores recebem benefícios fiscais e exposição, caso desejem. É obrigatório captar, pelo menos, 20% do valor aprovado para que as ações possam começar a ser executadas e há liberação do dinheiro.

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