Cidades

SAÚDE

A+ A-

Medicina indiana como aliada no combate a ansiedade e depressão

Exercícios de respiração, mudanças de hábitos alimentares, yoga e aromaterapia artifícios usados pela ayurveda

MARESSA MENDONÇA

11/10/2015 - 07h00
Continue lendo...

Exercícios de respiração, mudanças de hábitos alimentares, yoga e aromaterapia são artifícios usados pela medicina ayurvédica, ou indiana, para o tratamento de doenças como a ansiedade e a depressão. "Utilizamos muito os alimentos e óleos vegetais, respeitando o clima, os horários do dia e a fase de vida de cada pessoa. Nesse sentido, a palavra-chave do ayurveda é individualização", explica a especialista na ciência, Joana Pires Gonçalves.

Segundo ela, "a medicina tradicional olha o indivíduo como um conjunto de células, tecidos, órgãos e sistemas. É uma visão que se restringe ao âmbito material, a processos que são vistos a olho nu. Já a medicina indiana olha o indivíduo em sua totalidade, tanto o material quanto o emocional".  

Quando se trata dos distúrbios de ansiedade e depressão, segundo Joana, há indícios de um desequilíbrio na combinação natural dos elementos (éter, ar, fogo, água, terra) da pessoa, além da presença de hábitos de vida prejudiciais como "ritmo de vida extremamente acelerado, que consome toda a nossa energia, e nos leva a um estado de completo desgaste emocional, físico e energético".  

Para reverter esse quadro, Joana Pires afirma que "tudo o que é natural pode ser usado para prevenção e cura, pois o que existe na natureza também possui combinações específicas dos cinco elementos". 

As ervas mais usadas no combate a ansiedade e depressão dentro da medicina indiana são: camomila, erva de São João, melissa, centella asiática, erva baleeira e óleo de alcaçuz. "Muitas ervas são utilizadas dentro do ayurveda para o tratamento de ansiedade e depressão, sejam elas em forma de chá, óleo vegetal ou outro meio terapêutico", declara Joana.  

Em relação aos alimentos, ela pontua que os melhores são aqueles não industrializados, orgânicos, leves, cozidos e de origem vegetal. "Dentro do ayurveda é difícil definir quais alimentos podem ajudar a todas as pessoas, pois um alimento pode causar um problema em uma pessoa, mas pode curar outra. Mas notadamente café, álcool e substâncias psicoativas devem ser evitadas". 

"Se partimos de um ponto de autoconhecimento, do que é bom para nós, qualquer ato ou hábito que respeite essa individualidade será preventivo, e nos trará longevidade para alcançarmos nossos objetivos de evolução. Entretanto, se sairmos do foco de nós mesmos, aceitarmos o que é oferecido pelo mundo, seja um novo estilo de vida, uma nova dieta, uma nova forma de nos expressarmos que, seja um ato de violência contra o nosso próprio ser, abrimos as portas para as doenças.A própria doença é um caminho para a cura, um retorno para o que somos, não para o que estamos", finaliza Joana.

Serviço - As consultas com a especialista em medicina indiana são no Espaço Ahara, localizado na Avenida Centaurea, 482 no bairro Cidade Jardim em Campo Grande.  

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

Continue Lendo...

A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

Assine o Correio do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).