A Câmara de Vereadores fez visita de fiscalização hoje no Parque Ayrton Senna, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. O cenário encontrado foi de descaso com o equipamento público, que tem 32 hectares de área arborizada, além de sete campos de futebol, quatro quadras de areia e infraestrutura para abrigar outras práticas de esportes.
A Casa de Lei instituiu projeto denominado "Câmara Comunitária" e de tempos em tempos é feita "blitz surpresa" em prédios públicos para averiguar o devido funcionamento.
O presidente João Rocha (PSDB), que é professor de educação física, confirmou que quatro piscinas estão com pisos quebrados e a pista de atletismo está inutilizada por conta de reforma inadequada. Obra essa que custou R$ 5,9 milhões e teve liberação de recursos do governo federal em março de 2015.
As irregularidades encontradas farão parte de relatório que deve ser encaminhado à Prefeitura de Campo Grande para cobrar providências. "A gente que é do meio esportivo fica arrasado com essa situação", lamentou Rocha.
O parque passou por sucessivas interdições nos últimos 12 meses devido a inspeção do Corpo de Bombeiros e constatação do Ministério Público Estadual (MPE) de falta de higiene e dano ambiental.
INTERDIÇÕES
Em 11 de junho do ano passado, vistoria dos Bombeiros encontrou uma série de irregularidades e por isso determinou o fechamento do local até que reformas fossem feitas.
A última determinação para que o parque fosse trancado para o acesso ao público aconteceu em fevereiro deste ano. O juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, Marcelo Ivo de Oliveira, acatou pedido do Ministério Público Estadual.
Laudo da Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ) indicou que pombos dominaram partes do parque e a presença deles traria risco à saúde das pessoas frequentadoras.
Foram feitas reformas e a unidade foi reaberta em 2 de março deste ano. Para conseguir autorização judicial, a prefeitura fez um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPE para manter o parque em boas condições. Quem mantém a limpeza é equipe do Programa de Inclusão Profissional (Proinc).
Os vereadores devem verificar se o TAC assinado entre administração municipal e MPE está sendo respeitado.