Cidades

CASO "BRUNÃO"

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Julgamento de acusado da morte de segurança deve durar 7 horas

Juiz cosidera caso de homicídio complexo

Izabela Jornada e Renan Nucci

24/11/2017 - 11h40
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Julgamento de Cristhiano Luna de Almeida, acusado de matar o segurança Jefferson Bruno Gomes Escobar, o “Brunão”, a socos e pontapés, começou às 8h desta sexta-feira (24) e deverá acabar por volta das 15h. O caso é considerado complexo pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri e responsável pela instrução do processo.

O julgamento é conduzido pelo juiz substituto Luiz Daniel Raimundo da Mata. Os jurados foram escolhidos e acusação e defesa já se manifestaram. O réu apresentou depoimento alegando que não teve qualquer intensão de atacar e agredir o segurança. Luna alega que toda confusão começou porque ele fez gracinha, passando a mão no garçom e, decorrente da brincadeira, seguranças se uniram para tirar o agressor da boate Valley Pub. “Quando eu saí, eu queria ir embora, mas eles ficaram me puxando. Brunão me agarrou pela camisa e ela foi rasgada”, disse Luna.

À época, praticante de jiu-jitsu, Luna alega que começou a se debater depois de ser agarrado por trás por Brunão. Com a luta corporal, ainda de acordo com depoimento de Luna, ambos caíram sobre meio-fio. Em seguida, o rapaz alega que foi embora, deixando a vítima no chão.

Na mesma noite, Luna se entregou à polícia. “Não imaginava que tinha acontecido alguma coisa. Fiquei sabendo na delegacia que ele havia morrido”, declarou Luna. 

O crime ocorreu em março de 2011 e o acusado estava respondendo em liberdade. Luna declarou que, atualmente, estava trabalhando com confeitaria, vendendo bolos e participando de retiros religiosos.  Apesar de negar que utilizou de golpes de jiu-jitsu contra Brunão, era lutador graduado à faixa-roxa. 

Esse é o terceiro caso de agressão que o criminoso está envolvido, o primeiro foi quando ele tinha, aproximadamente, 17 anos. Na ocasião, Luna teria agredido colega de faculdade, do curso de Direito, e acabou sendo suspenso do curso. 

Outro caso foi publicado pelo Portal Correio do Estado, na tarde de ontem (23). Luna já foi condenado a dois anos e seis meses de prisão por espancar o jovem Rafael de Freitas Mecchi, na época com 22 anos, em show no Parque de Exposições de Campo Grande, no ano de 2009. A morte de Brunão foi em 2011.

Incialmente o julgamento do réu estava marcado para o dia 12 de agosto de 2011, mas a defesa recorreu ao TJMS, buscando afastar as qualificadoras de “motivo fútil” e o “recurso que dificultou a defesa da vítima”. Por maioria de votos, os desembargadores decidiram manter as qualificadoras.

Insatisfeito com a decisão, Luna, por meio dos seus advogados, recorreu novamente ao Tribunal de Justiça e, desta vez, foi dado provimento ao recurso. Agora o acusado está sendo julgado por homicídio simples. Se condenado, poderá pegar uma pena que varia de seis a 20 anos.

JULGAMENTO
O julgamento começou às 8h no Fórum de Campo Grande e além da sala do Júri, foi disponibilizado outro plenário para acomodar acadêmicos de Direito. Os dois plenários estavam lotados. 

De acordo com o juiz responsável pelo processo, Aluízio Pereira dos Santos, Luna só está sendo julgado porque foi preso por ter infringindo medidas restritivas ao ser flagrado em bar da Capital, em junho deste ano, ingerindo bebida alcóolica. “Se ele não fosse preso, o caso ia se arrastar por mais de dez anos”, disse o magistrado. 

Depois de seis meses do crime, marcaram julgamento, porém, foi adiado em razão de recurso proposto pela defesa. “Houveram sucessões de recursos que atrasaram demais o processo. Só no Superior Tribunal de Justiça (STF) ficou por quase seis anos”, finalizou o juiz. 

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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