Cidades

AÇÃO PÚBLICA

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Juiz aguarda prefeitura para decidir
ampliação de gratuidade de ônibus

Ministério Público alega que governo municipal restringe passes

RODOLFO CÉSAR

25/09/2016 - 16h00
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O juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Capital, Marcelo Ivo de Oliveira, aguarda prazo de 10 dias para que Ministério Público Estadual, Prefeitura de Campo Grande e Consórcio Guaicurus manifestem-se para decidir sobre a ampliação da concessão de passes gratuitos de ônibus a pessoas carentes com câncer, hanseníase, doença renal crônica, tuberculose e Aids.

Não está descartada a possível realização de audiência para tentar definir a questão desse tipo de gratuidade. O despacho do juiz aconteceu na sexta-feira (23) e falta as partes serem intimidas.

Desde 11 de maio deste ano já há uma liminar que concede esse direito e agora o magistrado pretende julgar o mérito da ação.

O Ministério Público Estadual entrou com ação civil pública contra o governo municipal, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e o Consórcio Guaicurus alegando descumprimento da gratuidade de transporte a pessoas carentes com certos tipos de doenças. O processo foi protocolado na Justiça em em março deste ano.

O promotor Luciano Furtado Loubet, responsável pelo inquérito, apurou que a gratuidade fornecida é insuficiente para atender as necessidades dessas pessoas. Esse direito está previsto no artigo 173, parágrafo 1º, da Constituição Estadual.

"São concedidos passes única e exclusivamente para deslocamento junto aos respectivos tratamentos, não englobando atividades inequivocamente relacionadas às doenças daquelas pessoas, especialmente no que diz respeito à concessão de passes também para deslocamento a consultas médicas, fisioterapia, obrigando-as a pagar as tarifas de ônibus", alegou o promotor na ação.

O processo protocolado pela 67ª Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos ainda pleiteia que a Justiça conceda liminar para que a disponibilização irrestrita de passes seja autorizadas o quanto antes. "A concessão de liminar pode contribuir até mesmo para obstar centenas de ações individuais", ressaltou o promotor.

OUTRO LADO

A prefeitura chegou a relatar, em juízo, que a promotoria deveria ter apresentado provas, como lista de beneficiários que não estejam sendo atendidos ou declaração de entidades representativas. Ainda alegou que há legislação municipal sobre a questão e não a descumpre.

A Agetran enviou contestação informando que não há como atender toda a demanda que se exige do poder público. "Se considerarmos a tese da concessão irrestrita, ou o Estado terá que tomar para si o transporte coletivo concedido e colocá-lo a disposição sem nenhum controle, em detrimento da insuficiência de recurso tanto financeiro, quanto humano", informou em juízo.

Ainda informou que a isenção integral iria sobrecarregar os usuários que pagam o passe de ônibus.

O Consórcio Guaicurus alegou em contestação que a norma estadual é inconstitucional e são os municípios que devem legislar sobre a gratuidade. Além disso, sustenta que é a prefeitura quem deve ter dotação orçamentária para custear essas gratuidades.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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