A Guarda Municipal conseguiu retirar o grupo de pessoas que invadiu área pública da Prefeitura de Campo Grande no bairro Jardim Botânico, hoje. Equipes agora fazem patrulhamento e trabalho deve continuar durante a noite e pelo menos até esta quinta-feira (29) para evitar novos atos.
Em torno de 100 pessoas invadiram o local na Rua Alfredo Saad, por volta das 5h. Os invasores alegaram que querem pressionar o governo municipal a agilizar o processo de entrega de casas para quem já é cadastrado na Agência Municipal de Habitação (Emha) e na Agência Estadual de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab).
Além da Guarda, fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) foram para a região para conversar com os invasores.
A Emha emitiu nota oficial na tarde de hoje e informou que as pessoas identificadas na invasão e estiverem cadastradas no sistema da agência devem ficar inabilitadas para participar de próximos programas habitacionais por quatro anos.
"Quanto à área invadida no Jardim Botânico, não há qualquer possibilidade de regularização e/ou pagamento de supostos lotes, e que, se estão sendo demarcados, é à revelia da Agência. Não há entrega de senhas para loteamento e a população deve denunciar invasões de áreas públicas à Prefeitura", informou comunicado.
O diretor-presidente da agência, Enéas Netto, defendeu que está em processo uma política de moralização da pasta e está sendo tratada com prioridade as situações de pessoas que aguardam há anos na fila. No cadastro há cerca de 42 mil pessoas a espera de uma moradia social.
A Prefeitura de Campo Grande atualmente está em processo para formalizar a construção de 1004 unidades habitacionais pelo programa Minha Casa Minha Vida. Também há negociação para liberação de recursos que poderiam viabilizar construções na cidade.