Manifestantes que estão acampados na frente do condomínio onde mora o deputado federal Carlos Marun (PMDB), presidente da Comissão Especial que analisa o projeto de Reforma da Previdência, mudaram o local de acampamento depois de decisão judicial que determinou que eles desocupassem a área, sob pena de multa. Hoje, grupo protestou na frente da casa de deputados do Estado.
Presidente do Sindicato dos Empregados de Agentes Antônomos do Comércio e de Empresas de Assessoramento, Auditorias, Perícias, Informações e Pesquisas e de Empresas de Serviços Contábeis de MS (Seaac) e representante da Força Sindical, Estevão Rocha disse ao Portal Correio do Estado que ação de reintegração foi movida por empresários porque algumas áreas privadas estavam ocupadas.
“Tinham áreas que eram do estacionamento, lanchonete, e entramos achando que eram públicas, mas como cada morador pagou por uma área, acaba sendo privada”, disse Rocha, explicando que todos os locais foram desocupados para cumprir a liminar.
Segundo o sindicalista, grupo montou acampamento em área próxima ao pontilhão, localizado próximo ao Dhama, onde área é pública.
Na decisão, juiz determinou que o grupo deixasse o local em até 24 horas e que se abstenha de novas ocupações no local e em seu entorno, sob pena de multa diária de R$ 20 mil.
PROTESTOS
Manifestações seguem com protestos em frente a casa de deputados federais de Mato Grosso do Sul que ainda não se posicionaram sobre o voto. Hoje, grupos fizeram atos na residência de dois parlamentares.
Objetivo é conversar e apresentar argumentos para convencê-los a votar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que prevê mudanças na Previdência Social, entra elas a aposentadoria com mais idade para homens e mulheres.
Por volta das 10h30, grupo de cerca de 30 pessoas protestou em frente à casa da deputada federal Tereza Cristina (PSB), no bairro Antônio Vendas. Segundo Rocha, deputada teria se posicionado contra a PEC, no entanto, assessoria de imprensa da parlamentar disse que não tem nada definido e assunto ainda está sendo discutido no partido.
Durante a tarde, protesto ocorreu em frente ao prédio onde mora o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM), na rua Pedro Celestino. Cerca de 40 pessoas protestou com cartazes e faixas pra cobrar do deputado posicionamento relacionado ao projeto de reforma.
Próximo parlamentar que manifestantes esperam visitar e conversar é o deputado Elizeu Dionísio (PSDB).
PRÓXIMOS ATOS
Conforme Rocha, próximos passos do movimento devem ser decididos amanhã, às 8h, em reunião a ser realizada com todas as categorias.
Greves e manifestações em repartições públicas não estão descartadas e serão debatidas. Além disso, grupo de trabalhadores, movimentos sociais e Organizações Não-Governamentais deve vir do interior do Estado para se juntar ao movimento.
Acampamento deve permanecer próximo a casa de Marun pelo menos até domingo, quando assembleia será realizada para avaliação do movimento.