Mato Grosso do Sul pode ter nova edição da Caravana da Saúde, no próximo ano, com foco na reestruturação dos serviços de atenção básica e hospitalar. A proposta passa por análise e não se descarta a concessão de unidades a Organizações Sociais de Saúde (OSS).
“O foco nessa próxima fase é o detalhamento da reestruturação do sistema na questão hospitalar, de atenção básica, referência e implantar os hospitais por organização social”, revelou o secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares. “Vamos parar nesse período eleitoral e devemos iniciar possivelmente no ano que vem com a mesma rota”.
Adotar o suporte de organizações sociais de saúde, conforme o secretário, poderia reverter o quadro de unidades hospitalares com baixos índices de resolutividade localizados em regiões estratégicas.
REFORÇO
Para a vice-governadora, Rose Modesto (PSDB), uma segunda edição está sob análise. Ela ainda deve ser reforçada com a inauguração de dois andares do Hospital do Câncer Alfredo Abrão até o fim de junho, além da conclusão do Hospital do Trauma prevista para os próximos dez meses e construção de anexo no Hospital Regional Maria Aparecida Pedrossian.
“A Caravana trouxe atendimento e, se for necessário, terá uma segunda edição porque precisamos encontrar saída para a demanda reprimida e não ter que ver mais Mato Grosso do Sul passar pelo caos de um médico ter que escolher quem vai viver ou morrer”, ressaltou a vice-governadora, durante balanço da etapa de Campo Grande no Centro de Convenções Albano Franco.
CARAVANA
Iniciada no ano passado, a Caravana da Saúde pretende eliminar fila de espera no atendimento de especialidades médicas, bem como de procedimentos de média e alta complexidade. Ao menos 42 mil cirurgias devem ser realizadas nas 11 microrregiões de saúde do Estado.
Em balanço, divulgado hoje (29), o governo estadual e parceiros afirmam já ter realizado 418.258 procedimentos nas áreas da saúde, encaminhamento ao mercado de trabalho e orientação jurídica.
Somente na etapa de Campo Grande, que pode ser estendida até setembro, se pretendia realizar 10,8 mil consultas de especialidades, 35 mil de oftalmologia e 4 mil cirurgias eletivas, assim como 11 mil exames de ressonância, tomografia, endoscopia, eletroencefalograma e ultrassom.