Técnica de enfermagem do Asilo São João Bosco foi vítima de tentativa de estupro, na noite de ontem, por volta das 20h, dentro do prédio do abrigo de idosos localizado no bairro Tiradentes, em Campo Grande.
O ataque aconteceu no momento em que a funcionária seguia pelo pátio do prédio para buscar água. “O asilo é vulnerável, está localizado num bairro popular e muito violento. A pessoa pulou o muro e atacou a funcionária que passava pelo pátio, que é escuro”, informou ao Portal Correio do Estado o superintendente do asilo, Carlos Albuquerque.
No momento do ataque, a funcionária gritou por socorro. “No que ela gritou, as freiras e os homens que estavam no local correram para ajudá-la, mas o homem já tinha fugido. A polícia foi acionada e a funcionária encaminhada para o hospital, mas já foi liberada e está em casa”, acrescentou o superintendente.
Mesmo com rondas pelo local, o criminoso não foi localizado. A mulher trabalha no lugar há algum tempo. Esta foi a primeira vez que acontece uma tentativa de estupro, porém, devido a falta de segurança o local é constantemente alvo de vândalos.
“Não dá para deixar nada de valor no pátio, que é roubado. Lâmpada, por exemplo, levam. A vila é muito perigosa. Nossa preocupação não é de agora, já vem de algum tempo”, afirmou.
FINANCEIRO
“Não é de hoje que o asilo passa por dificuldades financeiras. Esse ano a prefeitura ainda não repassou o valor do convênio, que é de R$ 114 mil por mês”, destacou Carlos.
Para garantir a segurança dos funcionários e também dos idosos, Carlos recorreu à Câmara dos Vereadores. “Pedimos ajuda para que o vereador nos disponibilize segurança noturna da Guarda Municipal e também da Polícia Militar”, alegou.
Em novembro do ano passado, o local corria risco de fechar as portas e mais parecia uma instituição de saúde, devido ao grande número de idosos que precisavam de cuidados médicos, conforme explicou o presidente do asilo, Gercino José dos Anjos, na ocasião.
Ainda naquele mês, o presidente alegou que o asilo estava totalmente abandonado por parte da Secretaria de Saúde do Município (Sesau) e que uma das soluções seria um convênio que arcasse pelo menos a folha de pagamento dos funcionários.
“Não somos um almoxarifado, onde as pessoas colocam sacos de arroz, de feijão. É um lugar de cuidados, o idoso é uma vida, é a qualidade de vida deles que conta, queremos que eles andem, sejam saudáveis, possam cantar no coral e fazer as coisas de maneira independente”, pontuou o presidente.
PREFEITURA
Questionada sobre a dívida, assessoria de comunicação da prefeitura explicou que “segue todos os trâmites burocráticos necessários para liberação de verba a instituições e que algumas entidades não apresentaram toda documentação necessária. No ano passado as instituições receberam repasse no mês de junho. Neste ano, a atual administração está fazendo de tudo para repassar o mais rápido possível, respeitando o marco regulatório para liberação do recurso”.