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"NINGUÉM FEZ NADA"

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Estudante denuncia homem se masturbando dentro de ônibus na Capital

O caso aconteceu na última sexta-feira (29) dentro da linha 061

MARIANE CHIANEZI

02/10/2017 - 18h26
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Casos envolvendo importunação dentro do transporte coletivo têm ganhado repercursão nacional nos últimos meses e na semana passada uma estudante de Campo Grande relatou em rede social o constrangimento sofrido após flagrar um homem se masturbando durante trajeto de veículo que ia até o Shopping Campo Grande.

“Eu fui chamada de louca, mentirosa, por um cara que estava se masturbando com o pênis de fora da calça, tudo isso dentro do ônibus, e ninguém fez nada”, criticou a jovem, de 22 anos, em postagem na rede social.

A passageira chamou atenção para o caso que aconteceu em meio a campanha contra assédio dentro dos ônibus na Capital, que é promovida tanto pela Prefeitura da Capital como pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

A estudante conversou com o Portal Correio do Estado e relatou a revolta com a situação a qual passou e consequências psicológicas geradas.

O caso aconteceu na sexta-feira (29), por volta das 15h, dentro de ônibus que faz itinerante Shopping Campo Grande-Terminal Moreninhas, a linha 061.

“Estava uma moça, um rapaz e eu no fundo do ônibus. Eu e ela estávamos de um lado do ônibus e esse cara, do outro. Aí eu fui olhar dentro do ônibus e vi o cara lá, sentado e se masturbando. Ele viu que eu olhei pra ele e ele continuou. Eu virei rápido pra frente, pensei que estava louca”, lembrou a estudante, que preferiu não se identificar.

Neste momento, ônibus já havia chegado no terminal que fica em frente ao shopping center e reação, uma das poucas tidas pela estudante, foi gritar para o motorista sobre o que estava acontecendo. “O motorista fechou as portas do ônibus, não deixou ninguém descer e chamou um daqueles fiscais [segurança] que ficam lá”.

Outras passageiras que estavam no local se sensibilizaram com a situação e ficaram revoltadas com o suspeito. Ainda segundo a jovem, haviam outros homens no transporte, mas ninguém fez nada. 

“O cara começou a me chamar de louca e nisso, o motorista contou para o fiscal o que estava acontecendo, mas o fiscal disse que o homem podia ir embora. Eu perguntei para o fiscal 'Moço, você não vai fazer nada?' ele disse que não podia fazer nada”, relatou.

Posteriormente, o suspeito da importunação foi embora de mototáxi. “A única foto que eu consegui fazer do cara foi a dele indo embora. As pessoas comentaram o porquê de eu não ter tirado foto do ato, mas no momento a gente não consegue pensar em nada. A gente nunca espera que isso vá acontecer”, declarou a jovem.

PSICOLÓGICO

A estudante revelou à reportagem que até na tarde de hoje (2) não havia saído de casa devido ao trauma sofrido dentro do transporte e por conta disso ainda não registrou o boletim de ocorrência.

“Eu chorei de sexta para sábado o dia inteiro. Eu estou até agora super abalada, eu tenho medo ainda”, desabafou.

Com histórico de problemas com depressão e ansiedade, o que ela presenciou a deixou mais abalada. “Eu entrei no shopping e fiquei sentada lá por uma hora e meia. Eu fiquei muito apavorada”.

Muitas mulheres comentaram na postagem feita pela estudante que passaram pela mesma situação. Houve também comentários contra a acusação que ela fez.

“A mulher na sociedade não tem segurança nenhuma, se nem em um ônibus eu posso me sentir segura, quem dirá numa balada", afirmou.

POSICIONAMENTO

Em contato com a assessoria de imprensa do Consórcio Guaicurus, reportagem apurou que imagens das câmeras de segurança que podem ter flagrado atitude do suspeito ajudar na identificação dele podem ser fornecidas à Polícia Civil, mediante requerimento.

O Consórcio Guaicurus confirmou ao Portal Correio do Estado que já tinha ciência sobre o problema ocorrido na linha 061 na sexta-feira (29) e aguardava acionamento de autoridades.

Sobre a atitude dos fiscais no terminal, foi esclarecido que os guardas estão ali apenas para orientar passageiros e o que poderiam fazer naquele caso, era chamar a polícia. Entretanto, homem poderia sair do local neste intervalo de tempo.

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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